ENSINAR A SER IGNORADO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

As fotografias são de uma sessão de pré-casamento num jardim em Cascais
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Não saber, para encontar fotografias
Nunca podemos saber como. Combinar com um casal, que mal conhecemos, um sítio onde iremos passar algum tempo para uma sessão de fotografia, nunca dá ao fotógrafo de casamento uma noção do que poderá ser o resultado desses momentos.
Não sei se aceitam o que lhes posso pedir, para o que acho ser a possibilidade de uma boa fotografia, se aquelas pantominices, que qualquer fotógrafo usa para atingir o seu objectivo, que sou useiro os possa incomodar, etc.
Mas , ao mesmo tempo, esse é combustível que tenho para estimular a ida, o encontro e a sessão. Não saber. Sou um pouco como os músicos que jazz quando se juntam e, mesmo que nunca se tenham encontrado, a partir de dois compassos e três notas a coisa arranca e nunca sabemos como vai acabar. Gosto que, comigo, seja assim.
Liberdade de movimentos, para as fotografias no casamento
Daí a sessão de namoro ser um pouco o serenar da minha relação com o casal. Eu fico a saber qual será minha liberdade de movimentos durante o dia do casamento e, eles, ficam descansados dando-me a melhor das ofertas da sua parte. A ignorância. Quanto mais ignorado me sinto no dia do casamento melhor cumpro a minha função de fotógrafo de casamento. E tudo pode começar nesta sessão de namoro.




