De frente um para o outro, entre folhas e troncos de árvores, os noivos divertem-se na sessão de namoro, na Serra de Sintra, pelo fotógrafo de casamento.

A matéria prima da Serra de Sintra

De frente um para o outro, entre folhas e troncos de árvores, os noivos divertem-se na sessão de namoro, na Serra de Sintra, pelo fotógrafo de casamento.

Cada lugar tem a sua atmosfera. Aquela coisa que se sente quando se vê uma fotografia e que nos faz como que pertencer-lhe. Da minha parte é essa pertença que me faz fruir a existência de uma fotografia, seja feita por mim ou por outro fotógrafo.

É um pouco como aquela ideia comum de que gostamos dum livro porque achamos que o poderíamos ter escrito, tal é a ligação que sentimos com o que o autor resolveu derramar em letras ligadas em palavras, depois em frases, períodos, capítulos e, finalmente todo o livro se nos entranha como se fosse nosso e nos deixou, no mínimo, mais cheios. Passa-se o mesmo quando uma fotografia me toca. Primeiro porque está ali, à minha frente.

Depois porque tem coisas que os meus olhos me obrigam a ver tal é a sua riqueza de formas, tons, cores e intensidade de luz. Se o que lá está está bem distribuído e me é aprazível pelas leis da harmonia, do equilíbrio e do que está certo. Conceitos sem peso nem medida mas que sabemos, sempre, quando lá está.

É isso que certos lugares têm. Um não sei quê de perfeito, de equilibrado equilíbrio como filtra a luz, como os elementos que os compõem se entrelaçam e fazem gostar de ver nos olhos e, depois, qualquer coisa dentro de nós, guardada sabe-se lá onde, nos dá aqueles momentos de estranha e bela felicidade e brilho na alma. Sintra é um desses lugares.

Vivo-a desde muito cedo na minha vida, sempre com aquele estranho prazer de estar num lugar especial e, sempre que posso, partilho-a com quem se mostre desses desejos. Como fotógrafo de casamento volta e meia lá pego nos meus namorados e visto-os com aquelas roupagens de serra que as minhas lentes se encarregam de transformar em lugares ainda mais da pertença a mundos de sonhos que têm aquela característica de fazer tudo possível.

Aconteceu com a Filipa e o João. No caso foi uma questão de um mutuo acordo já que a Serra lhes é mais familiar do que a mim que não passo de fugidio visitante. A serra a eles pertence e eles pertencem à serra. Por isso as minhas lentes fotográficas se encarregaram de os fundir, envolver e, como experiência mística, os tornar pertença de tão misteriosos lugares.

Lá voltarei sempre que me seja possível, seja para mero respiro seja para, mais uma vez, dar de prenda a outro casal que das minhas máquinas fotográficas e lentes se dê de confianças. De uma ou de outra maneira esta Serra tem o dom de me dar, sem que lhe peça, uma ternura e uma atmosfera que me fazem, sempre, sentir um privilegiado e um eterno agradecido.

Texto e Fotos: Fernando Colaço

Sentados num muro com flores, a noiva encostado no noivo.
Entre as flores do muro e uma janela desfocada, o noivo beija a noiva na face.
Sorrindo felizes, o casal na sessão de pré-casamento.
Olhando-se de frente e juntos, os noivos entre desfocados, na sessão de namoro em Colares, Sintra.
O casal, na sessão de namoro em Colares, tocam, carinhosamente, os narizes.
Junto a muro de ferro forjado, os noivos, juntos, olham para longe, na sessão de namoro com o fotógrafo de casamento.
Com um tufo de flores desfocadas em primeiro plano, o casal, feliz, junto de um muro de ferro.
Junto de uma parede com uma porta antiga, o casal, na sessão de pré-casamento, olha um para o outro.
Encostada junto de uma porta em Colares, a noiva olha para o noivo, desfocado.
O noivo, sorrindo, olha para a noiva à sua frente, desfocada, na sessão de pré-casamento.
Numa rua antiga de Colares, na serra de Sintra,  os noivos, abraçados, riem.
Os noivos abraçados, no meio de flores selvagens na serra de Sintra.
Com muitas flores desfocadas num campo da serra de Sintra, o casal junto um do outro.
A noiva abraça o noivo por detrás e, juntos, olha para longe, dentro de um campo de flores selvagens.
Os noivos sobre uma pequena ponte em Colares, na serra de Sintra.
O noivo abraça noiva, rindo para ela, em frente de um portão de madeira, na sessão de pré-casamento.
A noiva, com o noivo junto dela, sentado, sobre uma pequena ponte em Sintra.
Retrato da noiva, com um portão de madeira por detrás, pelo fotógrafo de casamento.
A noiva, envolta em folhagens de árvores, olha para o fotógrafo de casamento.
No meio da estrada para Monserrate, em Sintra, os noivos brincam, a braçados.
Noivos brincando abraçados à beira de uma estrada em Sintra, na sessão de namoro.
O casal, na sessão de pré casamento,  sentado no meio da estrada para Monserrate em Sintra.
O noivo, com ar descontraído, num retrato a preto e branco, pelo fotógrafo de casamento.
Com as árvores da serra de Sintra, o noivo, na sessão de namoro, sentado num muro antigo.
A noiva, num retrato a sorrir com ar feliz, na sessão de namoro na serra de Sintra.
Sentada no chão, numa encosta da estrada para Monsserate, a noiva sorrindo.
No meio das árvores do bosque em Sintra, os noivos abraçados, brincando.
A noiva, na sessão de pré-casamento, entre flores silvestres num muro da serra de Sintra.
A noiva, reclinada, entre flores alaranjadas e o verde das plantas silvestres.
Envolto entre plantas sobre um muro, desfocadas, o noivo sorri.

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