POIS…NÃO ME LEMBRO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Pequena selecção de fotografias da cerimónia de casamento na Igreja de S. Pedro de Penaferrim em Sintra
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O fotógrafo e a igreja bondosa
Aquela igrejinha. Tenho um carinho muito grande por aquela igrejinha. Estava o fotógrafo casamento ainda muito no princípio, quase ainda sem saber se o seria, quando, pela primeira vez, entrou de máquinas fotográficas nas mãos, muito nervoso, nesta bonita igreja em S. Pedro de Sintra de nome Igreja de S. Pedro de Penaferrim.
Foi um nome que nunca mais saiu das minhas memórias afectivas, com locais e pontos importantes na minha vida. Lembro-me tão bem quando lá entrei, era a primeira Igreja que me iria oferecer fotografias de um casamento. Estava completamente atarantado e agora como é que eu faço, o que me é permitido e nem sequer me possa passar pela cabeça fazer.
Coisas de principiante e padre bondoso
Onde posso andar e onde me é irremediavelmente proibido. Que aflição. Além da frescura do meu papel como fotógrafo num casamento, ainda por cima logo aqui, nesta igreja que conheço desde que Sintra entrou na minha vida, muitos anos antes a caminho acampamentos, nos intervalos da escola, lá para os lados de Monserrate.
Mas tive sorte. Como cheguei um pouco antes da hora e no estudo prévio ao espaço para estudar os meus pontos vista essenciais vejo um senhor já velhinho, de olhos bondosos, e com mais energia do que eu. É o senhor padre? Pergunto a medo.
Sou, já vi que é o homem das fotografias. Pois sou, disse eu ainda com pouca convicção e com medo pelo que me iria ser proclamado, porque já tinha ouvido histórias complicadas entre padres e fotógrafos nos casamentos. Será que o senhor padre me pode dizer se tem algumas limitações ao meu trabalho. O senhor sabe rezar missa e fazer casamentos?
Pois, não, nunca foi a minha tarefa. Então deixe-me tratar do que sei fazer e o senhor faça o mesmo e seja muito feliz com isso.
Fora da memória, a não ser pelas fotografias
Compreendem alívio do fotógrafo de casamento. Assim que a noiva começa a dar os primeiros passos na entrada da Igreja e de braço dado com o seu pai, avança pela ala central a caminho do altar, onde a esperava o seu principe encantado, só me lembro de voltar estar a fotografar já no adro da igreja onde todos festejam, parabenizam os noivos e se começam a preparar para a outra fase do dia, onde será comer, beber e festejar muito.
O que se passou lá dentro, como se passou, por onde fotografei, se abusei da paciência do senhor padre que, no fim, muito simpaticamente me desejou um resto de bom dia de trabalho, tudo se esfumou na minha memória até hoje. Lembro-me bem do antes e do depois mas, sinceramente, não faço a mais pequena ideia como fiz o que fiz que vi, depois, que tinha sido feito.
A voltar sempre a esta igreja
Mas não ficou mal feito, de tal maneira que, a partir dali, o fotógrafo de casamento já lá voltou muitas vezes e a tantas, tantas outras e com a certeza que a tantas mais há-de ir. Não podia ter escolhido melhor e mais adequado sítio para o meu batizado de fotógrafo de casamentos…em igrejas.
- Não foi com estas fotografias do casamento da Maria e do Duarte. Foi para um casamento para um colega meu, muitos anos antes, e não tenho nada para mostrar no meu arquivo. Mas ficará para sempre na minha memória…o que ficou.












Fotografias de um casamento com cerimónia na Igreja de S.Pedro de Penaferrim e festa na Quinta dos Alfinetes.