QUASE pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Fotos da saída dos noivos da cerimónia do casamento e felicitaçoes pelos convidados, na Quinta das Riscas no Montijo
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Vislumbre de um momento para fotografia no casamento

Depois de todo este tempo enquanto fotógrafo de casamento já consigo prever como ficaram as fotografias que vou apanhando durante o dia do casamento.
Embora, até por falta de tempo, não goste de estar a ver como vão ficando as fotografias já dentro das minhas máquinas, a não ser para ver se elas estão a fazer a sua parte do trabalho, e já há muito tenha ficado para trás aquela insegurança de principiante, devo dizer que, depois, no sossego do escritório quando as começo a ver já como fotografias e não como partes imaginárias de acontecimentos a que fui roubando pedacinhos, já é muito raro surpreender-me com alguma que não tenha saído como naquele vislumbre do momento da captura me pareceu.
O momento do acontecimento para uma fotografia

Acontece e quando acontece o fotógrafo de casamento tem sempre duas reacções opostas. Ou de decepção ou de deslumbramento.
Mas é isso que me faz agarrar com grande fervor ao meu trabalho de fotógrafo de casamento. Saber que não tenho o controlo do que acontece, saber que a maioria das vezes estou sincronizado com momento certo e que, para trazer a humildade necessária, algumas vezes não deu, não foi possível, a fotografia que esperava ter acontecido não o foi.
Claro que algumas vezes é uma desilusão, só faltou a tal sincronia entre o momento do acontecimento e o meu pressionar do botão da minha máquina fotográfica, outras vezes o ponto de vista não deveria ter sido o que foi escolhido ou a composição que parecia ter sido perfeita não tinha nada disso. Acontece e acontece apenas porque se faz e porque não deixa de se fazer. Digo sempre para mim, que mais vale uma fotografia num casamento que o não é bem do que uma que o não chegou a ser.
Voltar fotógrafo de casamento

É engraçado, provavelmente passa-se o mesmo com todas as pessoas que fazem o que gostam, mas uma fotografia mal sucedida tem muito mais impacto em mim do que as que saem bem. Porque saírem bem é uma obrigação a que me devo. Eu não devo fazer fotografias que não façam luzir os olhos de quem vê. Bem, isto é ao que me obrigo mas a realidade é outra e, infelizmente, este fotógrafo de casamento não é perfeito como gostaria de ser.
É verdade, é uma coisa que a sua vaidade não suporta, mas cada vez que encontra uma daquelas, fotografias, que, para ele, não está suficientemente fotografia, jura a pés juntos que não voltará a acontecer…até à próxima. É exactamente essa possibilidade de voltar a acontecer que o faz ter a noção que ser fotógrafo de casamento é algo a que dá toda a importância, para ele e para os noivos que o levaram com eles.
São essas, as fotos do casamento que quase o não são, que o fazem voltar sempre com mais vontade. Assim será, isso tem a certeza.

Ponto por ponto:
- Com tempo que tenho de fotógrafo de casamento já não me surpreendo muito quando, na edição, vejo as fotografias de um dia de trabalho junto do noivo, da noiva e dos convidados.
- Mas, de vez em quando acontece. Umas vezes pela negativa e outras pela positiva. Qualquer uma delas serve para aumentar a vontade de fazer melhor, ou para corrigir ou para ultrapassar.
- São, exactamente, as fotografias do casamento que, para ele, não são mesmo isso que o faz querer sempre voltar a outro casamento, com muito mais tenacidade.
Precisa de saber:
- No seu casamento também existirão fotografias trazidas pelo fotógrafo que não o são exactamente. Mas serão, sempre, muito menos do que no anterior. Contacte-me e verá.
- Foi na Quinta das Riscas, Montijo