Depois de maquilhada e penteada, mãos colocam o véu em forma de rede nos cabelos da noiva, pelo fotógrafo de casamento no Algarve.

Como o fotógrafo tira fotografias, mesmo em casamento

VAMOS TIRAR FOTOGRAFIAS pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Depois de maquilhada e penteada, mãos colocam o véu em forma de rede nos cabelos da noiva, pelo fotógrafo de casamento no Algarve.

Da noiva, no Villa Termal da Caldas de Monchique, quando se prepara para a cerimónia do casamento


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Tirar fotografias

Tirar uma fotografia. O que estiveste a fazer? Fui ali tirar umas fotografias. Olha, lembraste-te quando tirámos aquelas fotografias? Estavas tão bem nas fotografias que tirámos naquele dia. Expressões que ouvimos e dizemos todos os dias.

Parece que as fotografias não se fazem, tiram-se. Parece que uma coisa está num lugar e num tempo e nós pegamos e levamos connosco para outro lugar e para todos os tempos, os futuros que se vão transformando em presente assim que voltamos a dar com elas em forma da fotografia que tirámos e trouxemos, agora, para aqui e para todos os lugares onde a queiramos ter, e ver.

Há qualquer fascínio na fotografia que ultrapassa a pintura ou a escultura quando usadas em forma de representação de algo, num espaço e num tempo.

Bocadinho de tempo e de espaço

Talvez seja a rapidez com que pode ser feita. Podemos dividir as partes de um segundo em muitas e aproveitar uma delas para fazer uma fotografia. Parece que esta rapidez faz com que o assunto fotografado, uma maçã ou uma pessoa, nem se aperceba que lhe retiramos um bocadinho do seu tempo e do seu espaço e ficamos com ele para quando nos aprouver.

Faz-me lembrar quando vou ser vacinado por especialista conhecedor e já está? nem dei por isso. Assim me parece a fotografia, pelo menos aquela que eu faço, ou melhor, que eu tiro. Depois de muitos anos a andar a tirar esses pedacinhos em tantas coisas e em tanta gente tenho a certeza absoluta que é assim que funciona.

Esqueçam os livros, as teorias e as leis da física que permitem que fotografia seja porque, a partir de agora, fica preto no branco que a fotografia só acontece porque existem umas máquinas com lentes agarradas que sem dor, e sem que se dê por falta, levam um bocadinho de tempo e de espaço, transformam e mostram já de outra maneira como se fossem pote de alquimista e que ficam para sempre… como fotografias.

Pegar e levar. Penso que essa é a essência da fotografia.

Pedacinhos que dão em fotografias

É por isso há casais que se vão casar e me convidam a tirar muitos pedacinhos deles, dos sítios onde estão, dos que estão com eles e sem lhes causar algum danos os entrego com outros feitios e cores, ou ausência delas, mais tarde e que eles levarão para o futuro e de vez em quando os recordem, naquele momento presente escolhido, como foi visto pelo fotógrafo de casamento e impresso numa folha de papel para garantir que em todos os presentes, que antecipam todos os futuros, possam estar disponíveis aos seus olhos e os de quem as querem mostrar, para toda a eternidade.

Não levem a mal a divagação de uns dedos sobre um teclado a escrever um pouco por sua conta e risco porque o fotógrafo de casamento, mais dado usá-los em botão de obturador de máquina de tirar fotografias, estava, hoje, estava um pouco desatento e deixou que isso acontecesse.

Mas que é verdade que é assim, é.

A noiva, sorrindo, enquanto está ser penteada, vista por entre as portas de vidro da varanda do quarto do hotel, onde se prepara para o casamento.
A face da noiva vista num pequeno espelho sobre uma mesa, quando se estava a preparar para o dia do casamento.
Ainda antes de estar vestida, mas já penteada e maquilhada, mão ajeita o véu de rede sobre os olhos da noiva.

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