O ESTAR ATENTO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM FÁTIMA

Fotografia no momento da troca das alianças, na cerimónia do casamento na Quinta D. Nuno em Fátima
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Fotografia, um registo para memória.
Deve o fotógrafo de casamento tudo fazer para que as fotografias resultantes do seu trabalho e conhecimento sejam o mais verdade possível, enquanto representação de um acontecimento, e, ao mesmo tempo, saber transformá-la em produto estético que lhe dê estatuto de peça única e que sobressaia do trabalho comum feito pelo fotógrafo que à fotografia não dá mais importância do que um registo para memória.
Tudo isto por causa desta fotografia que gosto muito. No entanto foi produto de um momento rápido, único e em condições, também elas, únicas. Praticamente encostado à parede e sem possibilidade de recuo vejo-me perante uma imperativa necessidade de fotografar mas com duas condições que me limitavam a toma da fotografia: uma parede que me impede de recuar e uma lente na máquina fotográfica que está no limite, pelo seu ângulo de captação, e sem possibilidade de a trocar a tempo e, ainda por cima, a noção da efemeridade do momento.
O fotógrafo de casamento nos momentos dos outros
Assim, sem saber como, parece que um acordo foi feito entre a parede e o meu corpo que me permitiu aquele bocadinho de centímetros e, muito à pele, o momento foi captado: pai e mãe em momento de marido e mulher e filha, participante, entre o que se passa aqui e é aqui que quero estar, acaba por fazer parte do momento essencial do casamento dos pais sob, em verdade, mãos protectoras.
São estas fotografias que mostram ao fotógrafo de casamento que vale a pena estar nestes momentos dos outros e lhos dar de volta, mas vistos com outros olhos e outra perspectiva. Um dia destes mostro mais.
- Na Quinta D. Nuno em Fátima