No convento do Espinheiro em Évora, a noiva, junto de uma menina, no momento em que a irmã lhe põe o véu nos cabelos, vistos pela porta e com um quadro numa parede.

Fotógrafo, casamento e fotografia

QUESTÕES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM ÉVORA

No convento do Espinheiro em Évora, a noiva, junto de uma menina,  no momento em que a irmã lhe põe o véu nos cabelos, vistos pela porta e com um quadro numa parede.

A fotografia é do vestir da noiva para o seu casamento com cerimónia e festa no Convento do Espinheiro em Évora


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A perseverança do fotógrafo de casamento

A partir de algum tempo a produzir fotografias de casamento o fazedor das mesmas pode começar a correr o risco da repetição e a criar os seus próprios clichés de modo a facilitar as coisas. Isso é um risco que a prazo pode não dar muito resultado e ser o fim do artista. Isso passa-se em todas as áreas da criatividade. Quantas vezes se sabe de pintor que passa grande parte da sua vida a conseguir personalizar o seu trabalho e depois não faz outra coisa senão repetir a receita.

Sei que não me coloco ao nível dos grandes criadores da arte pictórica ou da fotografia. Tenho perfeita noção das minhas limitações mas também conheço a minha perseverança, resiliência e gosto pelo que faço. Este gosto em vez de me enfeitiçar e me colocar perante o que vou fazendo como algo final e conseguido, coloca-me em constante insatisfação.

Um gosto partilhado, a fotografia

Este período de pausa no acto de obturação serve para me pôr em contacto com o que fiz durante o ano anterior não como aqui está que foi tão bonito mas sim como uma leitura do que consegui de diferente relativo ao ano anterior e a tentar direccionar a minha atenção para o ano que aí vem. Por exemplo, dei por mim a usar cada vez mais a lente de 50mm e com leituras integrantes a relatar o ambiente do espaço.

Não sirvo de exemplo para ninguém, nem ás vezes para mim, mas ao tentar sempre ver o meu trabalho como se o não tivesse feito e fosse apenas um leitor de imagens dá-me, talvez, a distância necessária para algum refrescamento e descontentamento para, assim, poder sempre servir melhor quem me contrata e sabendo que dei o meu melhor a quem me contratou. É isso o que me move enquanto fotógrafo de casamento e enquanto alguém que tem este gosto partilhado com tanta gente no mundo, a fotografia. É meu dever honrá-la.

Pode não ser um texto sobre amor e felicidade e tão lindos que estavam os noivos, mas é de certeza sobre o dever do respeito pelo fotografados. Sem fazer balanço do ano segue fotografia que me incita a continuar caminho.

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