SÃO OS QUE LÁ ESTÃO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTOS
Escrevi há pouco tempo sobre o que o fotógrafo de casamento acha sobre a diferença entre as Igrejas grandes e as Ermidas pequenas. As fotografias nesse artigo eram de uma Basílica bastante conhecida em Mafra.
Nesse lugar, de cerimónias religiosas, sentimo-nos pequenos e todo aquele espaço parece que nos envolve como se, de repente, fosse no próprio universo onde acabámos de entrar. É claro que é sempre bom assunto, por si só, para o fotógrafo de casamento que se entretem, muito, a aproveitar todos os pontos de vista possíveis que o lugar lhe oferece.
Agora, numa ermida que, normalmente, não são mais do que quatro paredes brancas, pequeninas, com um altar despido de vaidades, o fotógrafo de casamento não tem muito para dar a mostrar às suas lentes e, estas, não lhe retribuem com fotografias que se irão apresentar a olhares mais ou menos gulosos. Daí, ser preciso escolher alternativas para preencher esse, digamos, vazio que as tais Igrejas grandes têm em demasia. Isto poderia deixar o encarregado de levar o que se passa ali sem alternativa. Ou talvez não.
Talvez não, porque se o fotógrafo de casamento lá está, principalmente, para fotografar a história do dia e o dia é um dia de pessoas. Assim que aponta as suas lentes para as pessoas verifica, de imediato, que não lhe vai faltar nada para que cumpra bem o seu trabalho, na ermida.
Desde a entrada da noiva, ao aquietar de todos, nas cadeiras que vão deixar muitos lá fora, à atenção dos noivos à homilia do padre ou, mesmo, o ramo da noiva dormindo serenamente no banco, são objectos privilegiados da sua atenção para que nada falta no grande puzzle que será, depois, concluído com as suas fotografias.
Como podem ver, não interessa nada em qual o lugar onde acontece a cerimónia do casamento.