Foi, sem dúvida, o casamento mais doloroso fisicamente que fiz até hoje, não porque me tivesse custado, bem pelo contrário, mas porque foi fisicamente a dar para o puxado.
Saída no dia anterior até casa do noivo, o Celestino, em Pardilhó perto de Estarreja. No caminho comecei a temer pelo dia seguinte quando a chuva começou a irromper, primeiro devagarinho, daquela que enerva porque nem o limpa pára-brisas precisa de estar sempre ligado e, se não está, começamos a ficar com miopia ultra progressiva e deixamos de ver a estrada sem quase nos apercebermos.
Depois, forte e persistente com os senhores da rádio a dizerem que, no dia seguinte, seria o que nos esperava. Apesar de casamento molhado casamento abençoado, duvido que os fotógrafos que no dia seguinte estão encarregados de escrever com luz por esses casamentos fora achem grande piada ao assunto.
Todavia, a manhã seguinte, bem cedo, revelou-se de luz pós chuvada, limpa, luminosa em tudo de bom augúrio para o resto do dia, como veio a acontecer e a casa do pai do Celestino foi cenário de grande qualidade para o que nos aguardava.
O problema é que a noiva e todo o resto dia ainda estavam a mais alguns bons quilómetros abaixo que foram feitos em auto-estrada que é coisa que não me dá grande satisfação na condução. Prefiro, de longe, as lentas mas dinâmicas nacionais do que as monótonas vias rápidas da senhora do gps.
Chegados a Leiria fomos recebidos em grande pela família da noiva, a Vanessa, onde o gosto do meu indicador direito pelo click foi premiado pelas fotos que abaixo desfilam.
Cerimónia na linda Igreja Matriz da Caranguejeira e festa na Quinta dos Lagos com convidados bem dispostos e a gostar de festa e passou, afinal, rápido o dia de casamento da Vanessa e do Celestino.
De rumo a casa, com mais uns quantos quilómetros pela frente, afinal, parecia que não tinha custado tanto. Será por isso que dizem que quem faz por gosto não cansa? Se calhar!…
Texto e Fotos: Fernando Colaço
This is perfect. I really like your wedding pictures.