A noiva sorri, emocionada, para o noivo na sessão com o fotógrafo de casamento, já ao fim da tarde na Casa de Reguengos.

O casamento da Catarina e do João na Casa de Reguengos

A noiva sorri, emocionada, para o noivo na sessão com o fotógrafo de casamento, já ao fim da tarde na Casa de Reguengos.

Deverá a fotografia, enquanto elemento de memória, representar o mais fiel possível a realidade, o acontecimento, ou aproveitar o assunto que tem à sua frente para o recriar?

É uma questão que se me pôs desde cedo e que, de quando em vez,  volta ao meu pensamento. Ao assumir-me como foto jornalista de casamento, ou seja, um fotógrafo que segue o que se vai passando à sua volta, capta e não intervém, de modo a ser o mais fiel possível à realidade, será que basta esta atitude para que se possa intitular foto jornalista, esquecendo aqui a ligação institucional à representação da profissão mas sim à sua execução.

Exemplo: quando cheguei a casa do João ou da Catarina deveria reproduzir o mais próximo possível o que os meus olhos viam ou, como o fiz, faço, usasse as ferramentas da minha profissão, as máquinas e as lentes, para vestir de outra forma o que se ia passando à minha volta? Parto do princípio que o equipamento fotográfico tem, por si só, limitações na captação das imagens: capta com muito mais contraste, é muito mais sensível à variação da cor e as lentes que se usam podem alterar completamente o campo de visão comparado com os nossos olhos. Da grande angular à tele-objectiva se altera completamente a relação de “ver” comparativamente aos nossos olhos.

Então porque não assumir essa diferença e torná-la factor de criatividade? Aproveitar o factor de distorção da grande angular e produzir imagens de grande tridimensionalidade e profundidade. Toda a gente se lembra da fotografia de determinada praça vista numa revista e, ao visitá-la, ficar admirado por ser tão pequena. Ou usar a teleobjectiva para separar o que se pretende e, ainda, aproveitar o factor “desfocado” para vestir e envolver, no caso, os noivos numa nuvem que os deixa mostrar só a eles.

É com isso que conto para contar as minhas histórias dos casamentos dos meus noivos. Mostrar-lhes o dia do seu casamento de uma forma completamente diferente do que  os seus olhos viram e os seus convidados e familiares. No entanto isso não pode ser feito gratuitamente: as imagens não podem mentir. Os momentos têm que ser aqueles. A imagem conseguida terá que ter correspondido algo que soube cristalizar e contar de forma em que a harmonia e o bom uso da composição lhe deem, por fim, o caracter de imortalidade, ao acontecimento e à própria imagem que dele resulta. É esse o meu objectivo e a minha pesquisa constante. Rigor na composição e eficácia na captação. Só estas duas conjugadas permitem um bom resultado final.

Ficam algumas imagens do casamento da Catarina e do João no dia do seu casamento. Saíram contentes. Gostei disso.

Texto e Fotos: Fernando Colaço

O noivo, a rir, depois de fazer a barba, ao espelho.
O noivo com atenção ao vestir da camisa.
Ao espelho e flores em primeiro plano o cara do noivo no processo de se vestir para o casamento.
Pondo a gravata ao pescoço, o noivo ri.
Cara do noivo, enquanto a mãe o ajuda no abotoar dos botões de punho da camisa.
Abotoando o casaco ao espelho, o noivo sorri.
O noivo apoiado num rádio antigo.
O rádio antigo da família com o noivo ao lado.
Noiva olhando para as mãos enquanto é penteada.
Decorativos no vestido da noiva.
O ramo da noiva.
Noiva olhando para sua mãe, enquanto lhe apertam o vestido.
Noiva rodeada de familiares femeninos, finalizando o vestir do vestido.
Noiva, num espelho, com a sua mãe e avó.
Noiva sorrindo, com o véu nos cabelos, e pronta.
A noiva no meio dos familiares antes de ir para a cerimónia do casamento.
Noiva a sair de casa para a cerimónia do casamento.
O noiva com o pai desce a escadaria que a leva à igreja para a cerimónia.
O momento da entrada da noiva com pai na igreja,
A Igreja de Santo António dos Cavaleiros, com todos para a cerimónia do casamento.
Noiva, atenta, dentro de um desfocado.
Noivo, por detrás de um desfocado.
O casal, durante a cerimónia de casamento, envoltos em flores e vela de luz desfocadas.
O altar da Igreja de Santo António dos  Cavaleiros, com os noivos e os padres oficiantes da cerimónia.
Noivos, padrinhos e padres oficiantes, antes da cerimónia das alianças.
Os noivos leem os juramentos da cerimónia do casamento.
O noiva beija a noiva na cara, a seguir à cerimónia das alianças.
A noiva assina o livro do casamento.
A noiva fala com uma convidada.
Noivo recebendo cumprimentos de um convidado, no fim da cerimónia do casamento.
Noiva, rindo muito, enquanto lhe dão os parabéns pelo casamento.
Saindo da igreja, os noivos entre flores.
O noivo depois de entrar no automóvel que o levará ao local da festa do casamento.
Noiva vista pela janela do automóvel.
O noivo entre amigos, no casamento.
A noiva em conversa com duas meninas na festa do casamento, na Casa de Reguengos.
Os noivos cortam o bolo do casamento na Casa de Reguengos.
Sob a luz do fim do dia, os noivos entre as plantas do jardim da Casa de Reguengos.
O casal de recém casados caminha, vistos de costas, na direcção de uma neblina dourada de fim do dia.
Entre os arbustos do jardim, o casal abraçado.
O noivo abraça, por detrás, a noiva, entre os tufos de plantas floridas na Casa de Reguengos.
Retrato do noivo na luz do entardecer.
Noiva, rindo, sentada entre vasos de flores e o seu bouquet.
Os casal em frente um do outro entre arbustos de jardim, sob a luz do sol posto.
Noivos dançando e cantando.

De um casamento na Casa de Reguengos, em Vila Franca do Rosário.

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