POR CAUSA DO RETRATO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO
Estou pronto. De sorriso aberto e feliz, por que os olhos semicerrados assim o dizem, o noivo está, de facto, pronto a partir para o local da cerimónia. Antes foi, com todo o carinho, ajudado e vestir por mãe, tias, pai e resto da família. Não estão aqui mas nota-se no olhar que sim. É nestas expressões que verifico a importância dos laços entre as pessoas com quem lido durante todo o dia de um casamento.
Não posso, também, deixar de reconhecer o meu grande prazer pelo retrato. É, sem dúvida, a minha forma de fotografia preferida e não estou a falar do que faço. Foi o retrato que, muitos anos atrás, foi o culpado pelo meu interesse pela fotografia.
Normalmente o primeiro interesse vem do gosto, do futuro fotógrafo, por coisas, objectos encontrados ao acaso, sujeitos passivos de fotógrafo ávido de aprender a arte do enquadramento, da composição e do aproveitamento da luz. Virá a seguir a paisagem pelo gosto do espaço, da côr e das linhas de fuga. Mas comigo foi no retrato que, insistentemente, fui ganhando o gosto pela fotografia.
E, em consequência, foi o retrato que fez de mim fotógrafo de casamento. Foi, também, um processo que passou por outras forma de fotografar outras coisas mas, reparava, que com a oportunidade de fotografar pessoas vibrava sempre de uma forma diferente. Ainda hoje.