O PRINCÍPIO pelo FOTÓGRAFO DE BATIZADOS
Fotos de momentos da tarde da festa do batizado na Estoril House
Quando não se perde o fascínio
Qual será a coisa que faz com que um fotógrafo de casamentos e batizados, ao fim de mais de quinze anos, continue a sentir-se fascinado e querer, sempre que solicitado por clientes que sentiram interesse no seu trabalho, voltar a outro evento e não achar que fez já tudo, que ainda consegue surpreender-se e, fundamentalmente, que não vai lá estar, no evento, a chatear-se e só pensar no momento de pegar no saco com as suas ferramentas e ir para casa.
Todos sabemos do fascínio que temos pelas coisas no princípio e que, com o tempo e a repetição, se vai perdendo aquela força que impele ao fazer com paixão. Encontro sempre muita gente desiludida com a escolha que fizeram sobre o que decidiram como profissão e aquele gosto inicial foi desvanecendo, até que se torne num sacrifício difícil de suportar.
A minha máquina fotográfia, uma coisa pequenina
Da parte que me cabe, não fui eu que escolhi a profissão de fotógrafo. Foi ela que me escolheu. Naquela altura em que temos que assumir a responsabilidade de uma profissão, o meu caminho era outro completamente diferente e que não interessa aqui.
Quiseram as circunstâncias que, entre as gargantas e picos dos Alpes franceses, entrasse em mim um fascínio pelo olhar, através de de um visor de uma máquina fotográfica, que mudou tudo quando voltei de volta ao caminho que estava já, praticamente, decidido.
Aquela coisa pequenina, que me cabia na palma da mão, começou a tornar-se íman direccionado ao meu olho direito e a ocupar o meu pensamento a toda a hora, até nos sonhos, juro.
A meio do caminho, outras circunstancias obrigaram a mudança. Entre sair das coisas das fotografias, e recomeçar algo de novo, aconteceu, sem o esperar, um casamento de um amigo de um amigo. Foi, outra vez, uma revelação.
A sensação dos primeiros tempos, para o fotógrafo
Uma das coisas, ou melhor, a coisa que sempre me fascinou enquanto fotógrafo era o retrato. Fotografar pessoas era o que me fazia tremer a ponta do meu dedo indicador para que não fosse ele, o dedo encarregado de carregar no botão da máquina, a fazer-me perder o tempo certo e estragar-me a fotografia.
Ou seja, novamente e muito tempo depois, voltei a sentir aquela sensação dos tempos primeiros e com uma vantagem: não precisava de pedir a ninguém para fotografar e por mais que corresse o risco de fazer sempre o mesmo tipo de evento, eles davam-me sempre combinações muito diferentes, o que afastava a tal possibilidade de me sentir a repetir sempre o mesmo e me vir a maçar, por tédio.
Muito ao contrário, e foi assim que fiquei fotógrafo de casamento e batizados.
E continuo.