LIBERDADE pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM SINTRA

Fotografias dos noivos convivendo com os convidados, durante a refeição do casamento na Adega de Colares em Sintra
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Deambulando a descobrir fotografias
Talvez uma das razões porque tenha ficado fotógrafo de casamento, seja aquele prazer que sinto ao deambular por ali, já no local da festa em fim de refeição, no meio de toda a gente descobrindo todo um manancial de formas de comunicação entre convivas, afectos a cada virar de olhos, conversas seguidas com grande atenção, olha aqui que giro, ao tempo que não nos víamos, apresento-te…enfim, só se não tivesse em mim um fotógrafo, seja do que for, é que ficava ali, sentadinho a um canto sem nada para fazer.
É evidente que me é impossível ficar parado com tanta apelação às minhas lentes. Nem elas me perdoariam tal coisa, sabendo que iriam perder tanta oportunidade de serem felizes. A pior coisa que lhes posso fazer é não refrescar constantemente a luz que passa por elas e que irá levar ao fundo da máquina fotográfica, a que estão ligadas, todas aquelas pessoas tão empenhadas a oferecer-lhes tanta fotografia para fazer. Também, o fotógrafo de casamentos alguma vez se perdoaria se lhes fizesse tal ofensa.
Tanta fotografia de afectos, emoções e divertimento
Mas, devo dizê-lo, que apesar de a ter, não o faço por obrigação. Se ali estivesse, mesmo que não tivesse que cumprir o meu acordo com os noivos, não conseguiria ficar sossegado e ver tanta fotografia a perder-se naquelas mesas transformadas em polos de interacção de afectos, emoções e divertimento.
Assim, muitas vezes, me pergunto se estou ali por razão profissional, como fotógrafo de casamento, ou apenas por grande gozo pessoal. Já me disseram que eu nunca trabalhei na vida. Se calhar é verdade ou foi apenas uma espécie de ofensa, por inveja. Ofendido não fiquei…agora quando à inveja, não é minha.










