REVER pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM LISBOA
Fotografias de quando a noiva chega à igreja para a cerimónia do casamento e o noivo a espera
Fotografias com algum tempo
Nestes artigos que vou escrevendo, por prazer e por necessidade, recupero muitas vezes fotografias de casamento já acontecidos há algum tempo. Quando debico no meu arquivo encontro sempre mais algumas que me parem merecedoras de, também elas, voltarem a ser atenção do fotógrafo de casamento e de quem passeie pelas páginas do meu blog.
Por um lado posso ver se esta minhas fotografias resistiram ao tempo que já têm, se ainda sabe bem vê-las de novo e, por outro, dar-me a boa sensação de já ter feito muitas que são o cimento para todas as que ainda me faltam fazer. No fundo, nunca perder a noção do que foi feito para, também, continuar com a certeza que o que vier terá uma boa base que garante continuar o meu projecto de fotógrafo de casamento com a mesma intensidade com que começou há já alguns anos.
O fotógrafo continua a evoluir
De tanto em tanto convém reflectir sobre o que vamos fazendo, eu enquanto eu e eu enquanto fotógrafo de casamento. Confirmar se o projecto de um ainda é garantido pelo outro ou se se nota alguma quebra no fazer que possa, também, quebrar a confiança na decisão de continuar. Sinceramente não me parece.
Se, por um lado, não encontro uma grande diferença no trabalho de hoje comparada como o de ontem, também é verdade que sinto que o fotógrafo de casamento continua a evoluir e a ser merecedor da confiança no seu, às vezes exagerado, sentido de entrega quando está na função de cronista a levantar histórias que irá contar, não em palavras, mas em fotografias de casamento.
Consistência profissional
Por isso, sim, irei continuar a trazer nos meus artigos as fotografias que aconteceram lá no tempo já ido, que não foi nem há séculos nem décadas como acontece com algumas crónicas de outras histórias, mas já com o tempo, dada a velocidade com que ele hoje corre, para poder ser visto com outro olhar por parte do fotógrafo de casamento. Coisa com que tenho sempre muito cuidado é a minha consistência profissional.
Aprendi há muito tempo com um professor de outras coisas, mas onde também se falava de fotografia e, talvez, ela, a minha, tenha vinda daí, a diferença entre o profissional que tem que fazer um produto para entregar a um cliente e o artista que está sujeito à obrigação da liberdade total.
O primeiro tem o dever de ser consistente e entregar aos clientes, o noivo e a noiva, o que ele esperava quando o contratou. O segundo tem o dever de respeitar apenas a sua própria liberdade de criação e, mesmo com cliente para obra destinada, este nunca saberá o que lhe será entregue. Ambos, no entanto, têm o dever da sua própria consistência e do respeito por quem neles confiou. É por isso que o fotógrafo de casamento precisa de se rever para garantir que continua. E sabe bem.