COM OS SORRISOS pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO
Sobre o riso e o sorriso conforme o fotógrafo de casamento os vê. Quando nos aproximamos de alguém, seja onde for, a primeira coisa que fazemos, mesmo que não demos por isso, é uma rápida análise da cara de quem nos aproximamos por mero cruzamento na rua ou porque combinamos um encontro com essa pessoa.
Imediatamente fazemos um juízo e a forma como a abordamos, ou lemos, tem a ver com esse primeiro contacto visual que se pode vir a confirmar ou não. Normalmente depende dessa leitura mútua, imediata, todo o seguimento da comunicação que ali se inicia. A vida ensina-nos a ler esses sinais e com eles estabelece-se comunicação.
Ora o fotógrafo de casamento não está no lugar, onde o é, para estabelecer comunicação mas para ver, ler, a comunicação entre os que participam no dia de um casamento. É esse o seu papel, salvo em raras ocasiões. Não quer com isto dizer que ele deverá ser um mono no meio de tanta vida e não ligar a ninguém. Nada disso.
Apenas o que o faz ser, fotógrafo, deverá estar direccionado para os rostos dos outros que o atraem para fazer o que importa, fotografias. Ora num dia de casamento serão poucas as pessoas que não andam de sorriso em olhos felizes, salvo alguns adolescentes sem paciência para estas coisas, alguns que perderam o jogo de futebol do seu clube ou alguém a quem a noite não deu bom descanso.
O sorriso está em todo o lado e é por isso que o fotógrafo de casamento gosta de o ser. Num mundo tão complicado, passar um dia a recolher rostos sorridentes, porque felizes ou pela felicidade de outros, é um grande privilégio a que só tenho que agradecer.
Não vou aqui fazer uma fenomenologia do sorriso, da sua qualidade, sinceridade ou interesse porque seria negar a razão principal porque o fotógrafo de casamento foi chamado para ali estar. Um sítio onde se sorri porque se está feliz, se está a fazer o que se quer e desejou e todos os que participam estão de livre vontade, participando dessa felicidade que todos querem que seja perene e eterna. Nem poderia ser de outra maneira.
Daí o fotógrafo de casamento ser atraído por eles, os sorrisos, e as suas lentes, já aqui muito faladas, não tenham um minuto de descanso na sua apanhadura porque os viram brilhantes pela sinceridade, satisfeitos porque a comida era boa, delirantes porque a festa foi de arromba e cansados porque acabou tarde.
Eles, os sorrisos, são de muito tipos, géneros e tamanhos mas são eles que iluminaram esse dia que já passou e muitos outros onde o fotógrafo de casamento sabe onde os encontrar, desde que o queiram lá, para os guardar para sempre.
Sem dúvida alguma.