AS PARTES DAS PARTES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO NO ALGARVE
Dançando e brincando em fotografias do final da festa do casamento no Club Nau em Ferragudo, Portimão
Afinal, não é um herói
Gostava de esclarecer, pois pode parecer pela forma como escrevo sobre o fotógrafo de casamento, as suas abordagens, algumas das suas aventuras dentro do turbilhão que pode ser um dia de casamento que ele pode ser uma espécie de herói, de super homem capaz de todas as peripécias sem sossego nem cansaço.
Ele não passa de uma pessoa cumpridora dos seus compromissos e de um dever que tem para com a sua amiga que o tem fielmente seguido ao longo da maior parte da sua vida, a fotografia. Já, já se vestiu com outras roupagens, já teve várias formas mas nunca o abandonou até hoje, mesmo sabendo que ele, às vezes, nem sempre é fácil de aturar com as exigências perante quem as torna visíveis, as suas máquinas fotográficas e as suas lentes que também têm a sua dose de paciência.
Estórias com rumo
Vem isto a propósito das partes que fazem parte do dia do casamento. Não vou descrevê-las mas elas começam cedo e costumam ir até bastante tarde.
Depois há partes delas que, aí, o fotógrafo de casamento tem que ter uma boa parecença com o Clark Kent ou com aquele super herói que já vi nuns filmes deles, que passa de um sítio para o outro quase instantaneamente, sabem qual é, para poder apanhar todas as fotografias que estão nos sítios mais inesperados para que a história que está a contar não perca o rumo.
Entre elas, as tais parte do dia do casamento, há outras partes onde poucas fotografias se apresentam para seguirem caminho dentro das suas lentes e, aí, o fotografo de casamento aproveita para retemperar, reabastecer e estar preparado para nova vaga de energia despendida pelos noivos e pelos convidados do casamento.
Mas, tenho que ser honesto convosco, há ali uma das partes, já a horas longas do princípio da primeira parte, que apanha quase sempre o fotógrafo de casamento desprevenido.
Fotógrafo até às tantas
O dia já foi longo, a noite já aconchegou com a gastronomia, que os casamentos têm sempre, parece que toda a gente já sossegou e, também o fotógrafo de casamento e as suas lentes já se sentem com a tarefa cumprida, os músculos já arrefeceram e é só esperar pelos últimos rituais do dia que têm a ver com um bolo e umas solteiras. Normalmente ficam para o fim.
Então não é que alguém, parece que contratado para isso, se lembra de anunciar ao éter, como se viesse do sítio dos deuses dados à festança, uma notas musicais que fazem, inesperadamente, toda a gente saltar das cadeiras e correrem para um sítio, já marcado pelos donos da festa, para a irem recebê-la e partilhá-la.
Um pouco desprevenido, talvez, já pelo atrasado da hora e alguma modorra pelo sossego, o fotógrafo de casamento salta, pois é, ainda faltava esta parte. Não sabe bem como, mas quando dá por si está no meio de toda aquela gente, de câmara em frente dos olhos e é um roubar de fotografias até às tantas.
Será que, afinal, tem mesmo algo de super herói? Se calhar…
