A noiva sorri, emanando uma felicidade evidente, com o arvoredo da Quinta da Serra em Sintra por detrás dela, quando o fotógrafo de casamento a retrata.

O fotógrafo e a espera pelo retrato, num casamento

ANTES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

A noiva sorri, emanando uma felicidade evidente, com o arvoredo da Quinta da Serra em Sintra por detrás dela, quando o fotógrafo de casamento a retrata.

Há uma altura , durante o dia do casamento, que me faz começar a ficar com um nervoso miudinho, olhar para o casal acabado de casar e lá para fora para ver onde o sol está e a começar a desenhar aquela luz que eu sei que me vai fazer as molduras que me dão tanto gosto, quando fotógrafo. Está combinado, mas não cabe ao fotógrafo de casamento mandar no casal e retirá-los dos mimos dos convidados que não se cansam de os envolver com palavras bonitas de desejos de tudo do melhor, de lhes contarem uma história de quando eram pequeninos para demonstrarem que lhes estão ligados ou para uma combinação de ultima hora por quem está encarregado de fazer com a festa não perca o ar de festa.

O fotógrafo de casamento morde o lábio, anda de um lado para o outro, vai à porta para ver se também ele, o sol, não resolveu descer mais depressa ou alterar a sua rota e lhe fazer fugir para outro lado aquela luz que ele tanto precisa ou, mesmo, se um vento de mau feitio não começa a soprar exactamente para o lado oposto e desfazer penteados com tanto esmero elaborados. Quando estamos com um objectivo, a caminho, e se aproxima o momento, todos sabemos que temos o dom da dramatização e sentir que tudo se está a virar contra nós e o que temos a responsabilidade de entregar pode estar em perigo. Sabem, noivos, sol e vento, não é que o fotógrafo de casamento tenha algo contra algum dos três mas só quer entregar uma coisa muito bonita e da maneira que melhor sabe fazer. Se um dos três me falhar….

É evidente que é coisa de pouca duração que parecia, ao fotógrafo no casamento, uma eternidade, como acontece sempre quando estamos em pressão para o que tem que ser agora. Talvez ele seja um pouco exagerado ou tenha um grande sentido de responsabilidade, que o leva àquele estado de tensão. Mas, como sempre, estamos prontos, podemos ir, ainda bem porque a luz está mesmo como eu a quero e vamos ao nosso passeio e fazer retrato. Esse retrato que foi a primeira coisa que a fotografia fez, e nunca mais a largou, até que chegou a minha vez e se transformou num desejo tal que me faz perder um pouco a compostura, quando está mesmo a chegar o momento de partir para ele. Não julguem mal o fotógrafo de casamento que há em mim, é só porque é mais forte do eu. Coisas….

Em frente da folhagem de uma árvore frondosa na Quinta da Serra em Sintra, a noiva ri com satisfação, num retrato pelo fotógrafo de casamento.
O casal, que acabou de se casar, dentro da folhagem das árvores da Quinta da Serra em Sintra, juntos um do outro e sorrindo.
Um retrato do noivo olhando para o lado, com o vento nos cabelos e a textura dos ramos da árvores da Quinta da Serra em Sintra desfocados por detrás dele.
Com o ambiente do bosque da Quinta da Serra em Sintra a envolvê-lo, o noivo olha de frente para o fotógrafo de casamento no momento em que o retrata.

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