A ESCALA DE CINZENTOS E O FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Sou, por inteiro, um fotógrafo de preto e branco. Foi com a fotografia a preto e branco que para ela nasci. Foi no preto e branco que aprendi a olhar para elas, as fotografias, e depois a começar a aprender fazê-las. Muitas razões me empurram para a fotografia a preto e branco, ou melhor, como gosto mais, da escala de cinzentos.
É ali que vejo, seja numa paisagem em dia de sol ou de tempestade, seja na cara de uma pessoa que teve a gentileza de me deixar roubar-lha ou na textura em coisa que só fotógrafo vê, toda a dimensionalidade que a diferença entre o branco e o preto, com todos os cinzentos que preenchem o intervalo, me encanta. Talvez, independentemente do conteúdo, seja esta capacidade de olhar os vários planos numa fotografia a preto e branco que me motiva a, cada vez mais, querer usá-la para entregar aos meus clientes o meu trabalho.
No entanto, como alguém que persegue quimeras ainda não desisti de tentar, o que chamo, o preto e branco da cor. Tentar encontrar na cor, da qual escreverei noutro artigo, os elementos do preto e branco é coisa que ainda não desisti de encontrar. Nem sempre as encontro mas elas existem e, quando as vejo, não as perco por nada. É essa a obrigação do fotógrafo de casamento.
