FIDELIDADES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO
A Basílica de Mafra, o noivo que espera e a noiva que chega para a cerimónia do casamento
A fotografia e o fotógrafo
Há já alguns anos que sou fotógrafo de casamento. Profissionalmente. Antes, também a fotografia ocupou a minha existência, com uma espécie de maldição que me não tem deixado olhar para outras coisas, e me ter obrigado a dedicar-me a ela como uma paixão que nunca me deixou outras possibilidades e todos sabemos a força que tem uma paixão.
Mas, as paixões, de tão assoberbadoras que são, também tendem, salvo casos raros, a perder intensidade e ou se transformam em amor, mais sereno e dado a futuros, ou a desaparecerem com a mesma intensidade com que chegaram. Ora, comigo, a fotografia nunca foi uma paixão e, ainda hoje, me espanta o facto de me ter acompanhado durante todo este tempo.
Se fosse um casamento, tinha, é, sido um grande sucesso. Sempre fomos fiéis um ao outro e nunca nos desiludimos.
Cerimónia do casamento, uma nova ligação
Vem a propósito das fotografias que faço naqueles momentos antes da cerimónia. Quando o noivo e a noiva chegam ao local da cerimónia e estão a momentos de afirmarem um ao outro a sua nova ligação.
Uma ligação institucional jurada em frente a representante e que irá ser assinada depois do sim. Uma ligação que ambos sentem lá por detrás dos olhos, quando olham um para o outro e eu sei que é verdade porque o confirmo em fotografias e uma ligação entre todos os que pertencem a cada um e que, a partir agora, ficam a pertencer todos uns aos outros por laços ou por testemunho.
O momento, para o fotógrafo
Aqueles passos que os levam ao tal momento, que são objecto do fotógrafo de casamento com insaciável sofreguidão, deixam claro que vão para o que os atrai sem o mínimo de hesitação. É dever do fotógrafo de casamento de serviço deixar isso marcado para perpetuar no tempo.
Pela experiência de fotógrafo de casamento, são momentos de rápido movimento e de grande desafio para usar as minhas máquinas fotográficas, no momento certo, com enquadramentos que saibam contar o que a história pede e chegam aos altares quase antes de terem começado o caminho.
É um dos momentos em que a confiança do fotógrafo nas suas ferramentas é fundamental para que esta parte da história do dia não fique a fazer falta para a completar.
Até agora nenhuma me faltou.