APRENDENDO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO
Mais uma vez, o fotógrafo de casamento estava a ver que fotografias haveria de escolher para os meus artigos aqui, no blog, e deparou com as do Bruno e da Vanessa. Não resisti a escolher mais umas quantas daquela tarde, já há uns anos, na zona do Chiado em Lisboa.
Ainda o fotógrafo de casamento andava à procura da sua identidade, de saber como melhor fotografar e criar a sua forma de fazer fotografias dentro de um tema que ainda lhe era novidade, o casamento, e nem eles fazem ideia como o seu desafio foi definitivo nessa demanda pelo estilo que, mais tarde, depois de depurado me define aos olhos dos outros e, principalmente, dos que possam estar interessados na minha ajuda para lhes garantir a melhor memória do dia que escolheram para, olhos nos olhos, jurarem sim um ao outro.
É verdade que o fotógrafo de casamento não esperava que o desafio fosse, por um lado, mais simples porque não tens que nos estar a dizer o que fazer, nós vamos andar por ali a namorar e tu vais aproveitar o melhor que souberes nos locais que são importantes para nós e que, garantimos, são sempre bons sítios amigos das tuas lentes, coisa que eu já sabia porque os conhecia, aos sítios, como a palma das minhas mãos.
O velho e sempre belo Chiado por onde me movo desde muito cedo na minha vida e, embora com outros motivos, sempre foi assunto para as minhas lentes e máquinas fotográficas que me têm acompanhado ao longo dela, profissional e não só. Assim foi aceitar de imediato e seguir o fluxo dos acontecimentos como canoísta que desce rio desconhecido.
É engraçado que esta sessão foi contemporânea de um dia de casamento que também foi importante nessa minha formação e me indicar o caminho a seguir e que, com muita alegria, me deu bastantes bons resultados e muitos clientes satisfeitos ao longo dos anos que se seguiram. Perguntarão o que aprendi, ou melhor, o que se me tornou claro nessa sessão que tão importante foi.
A capacidade de ler rapidamente as expressões, saber qual o melhor ponto de vista para com harmonia captar o estado de alma e a postura com a integração no espaço, resultando o que em fotografia se chama composição. Aprendi que basta uma pequena indicação para que desapareça o constrangimento de alguém perante uma máquina fotográfica, por falta de hábito, e aprendi a seguir naturalmente os acontecimentos, lição que me serviu, também, no fluxo do dia de um casamento.
E o fotógrafo de casamento aprendeu ficando, para sempre, muito grato pela lição.