Uma mãe sorridente com a sua filha bebé ao colo, quando esta brinca com uma flor, numa composição do fotógrafo de batizado em Lisboa.

O fotógrafo e o acordo para o batizado

ESPECTATIVAS pelo FOTÓGRAFO DE BATIZADOS

Uma mãe sorridente com a sua filha bebé ao colo, quando esta brinca com uma flor, numa composição do fotógrafo de batizado em Lisboa.

Fotografia da bebé, que acabou de ser batizada, ao colo da mãe, brincando com uma planta do jardim

Para cumprir um dever

O principal desejo de um fotógrafo num batizado, ou casamento, encarregado de fazer a cobertura do mesmo, é poder sair de lá com um arresto de fotografias que o façam sentir que cumpriu bem o dever para com o seu cliente e, ao mesmo tempo, ter uma auto satisfação quando já está na escolha e edição das mesmas.

Costumo dizer aos meus possíveis clientes, em reunião, que, assim que começo a fotografar, no dia que se quer emotivo e que será longo de certeza, não é para eles que o faço. Por um lado se me preocupo a toda a hora só com eles acabo por não dar atenção ao que os rodeiam e que também são história para contar.

Confiança no fotógrafo

Por outro, não posso estar a fazer o meu trabalho e estar constantemente a pensar como é que será que eles o querem, ou que gostariam que tomasse mais atenção. Que multiplicasse esse método por todos os clientes que já tive e todos os que ainda terei, com o grande gosto de entregar ao trabalho as minhas máquinas fotográficas com as suas lentes, no fundo, e estivesse a trabalhar com a cabeça deles dentro da minha cabeça.

Estranho, não era?

Assim, uma vez comprovado que o meu trabalho será o que querem que seja feito no casamento deles, apenas lhes peço confiança e me deixem trabalhar como se lá não estivesse. Assim, cada uma das partes faz o que lhes compete. Ao fotógrafo de batizado fotografar e quem irá ser batizado, se batize com tudo o que isso manda.

No batizado, cada um faz o que deve fazer

Assim, sei que vou contar a história do que aconteceu e, pelo menos até aqui assim foi, quem a leva vai com a satisfação de ter sido bem contada. Sei, por experiência, que a expectativa faz perder, de ambas as partes, a naturalidade que se pretende e pode comprometer o resultado. Imaginem os pais, de uma criança a ser baptizada, a estarem constantemente a verificar o fotógrafo a trabalhar e se ele está a fazer as coisas como eles o imaginaram. Iria dar mau resultado.

Assim, deixando que cada um faça o seu trabalho as coisas acontecem como devem a acontecer. Quem faz, vai fazendo e quem fotografa, vai fotografando e, de certeza, o resultado premiará esse acordo.

Além daquelas fotografias que contam a história de forma escorreita aparecem aquelas jóias que, como o mineiro delas, fazem sorrir com rugas nos olhos quem as encontrou e quem as vê, como esta fotografia, a última, encontrada da Leonor e da sua mãe. Completamente uma com a outra, num mundo que só elas o sabem e sentem.

Só respeitando o tal acordo, onde cada um faz o que lhe compete, são possíveis jóias como esta, que não foi a única, garanto.

Se estiverem de acordo, estarei no vosso como o fotógrafo do batizado, ou casamento.

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