JÁ É POSSÍVEL pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Fotos de noivos a caminho do corte do bolo, o bolo numa mesa e todos depois do bolo, na Quinta das Palmeiras em Sintra
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O bolo do casamento e as fotografias
Ainda me lembro, quando o fotógrafo de casamentos começou a percorrê-los, da dificuldade que era fotografar o corte do bolo do casamento.
Nem sempre, mas quando isso é feito no exterior e quando longa vai a noite, sem uma iluminação dedicada no local onde vai decorrer, normalmente, o último acto simbólico da noite, com a oferta de uma parte desse bolo a cada um dos que estiveram com o casal durante todo o dia, em forma de agradecimento e, ao mesmo tempo, de partilha, como se o casal de recém casados lhes queira dizer que a nossa felicidade é a vossa em forma desta fatia de bolo, as coisas podem ficar complicadas para o fotógrafo de casamento e pode ser necessário o uso de luzes, que não fazem parte, e alterar o ambiente natural do lugar, e do momento, e isso, normalmente, é coisa que eu não gosto de fazer.
Desde o primeiro momento que resolvi fotografar casamentos, decidi que só usaria luz adicional, artificial, no sentido em que não faz parte da que está no lugar, quando só fosse mesmo necessário
Luzes, câmaras e bolos de casamento
E isso nem sempre foi uma decisão fácil. Há o hábito, nos locais onde se fazem as festas dos casamentos, de proceder ao ritual num lugar onde a luz quase não chega e se chega não tem a qualidade mínima para criar aquele ambiente que se deseja nas fotografias. É bonito para quem está mas, às vezes, um calvário para o fotógrafo no casamento.
Durante os primeiros anos as câmaras fotográficas, apesar de já usar as de formato digital desde o princípio, tinham limitações de captação com pouca luz e quando chegava ao local, uma espécie de tristeza tomava conta do fotógrafo de casamento e lá tinha que ligar as tais luzes à suas câmaras que iriam, no seu entender, matar todo aquele ambiente apesar de quase “desiluminado”.
É claro que usava uns truques para reduzir ao máximo a influência dessa intrusão e, raramente, as coisas ficavam fora da dignidade do momento.
Agora é fácil, graças a uns senhores do Japão
Com o tempo, aqueles senhores que gostam de fazer máquinas fotográficas lá no Japão, devem ter sabido das minhas desilusões em frente aos bolos de casamentos prestes a serem divididos e, ainda que devagar para a minha paciência, foram entregando novas câmaras ao fotógrafo de casamento que lhe permitiam, cada vez melhor, aproveitar o ambiente nas zonas mais escuras que, nos mais variados lugares, fazem o caminho dele durante todo o dia do casamento.
Desde Igrejas quase em lusco-fusco até salas de jantar iluminadas por velas, que eram um limite muito difícil de atingir antes. Hoje, o fotógrafo de casamento já tem a alegria de poder levar consigo os bolos, o corte deles, a sua distribuição e os restantes vivam os noivos em fotografias que nos mostram mesmo como era. Isto possibilitou que as histórias ficassem, já em fase de epílogo, melhor finalizadas e sem destoar de tudo o que foi feito até ali.
Como compreendem, é coisa que deixa o fotógrafo de casamento com uma muito melhor sensação de dever cumprido.
- Na Quinta das Palmeiras em Sintra

