IMEDIATISMOS pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Algumas fotos de casal com os filhos a brincar na praia, num tarde de verão, depois do dia do casamento
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Um telefone a desafiar para fotografias
Já foi há algum tempo que fotografei a Ana, o Rui e os miúdos num finalzinho de tarde na praia das Avencas na Parede. Conheci-os no casamento, de que fui fotógrafo, da Vanessa e do Bruno. É daqueles casos onde um casamento dá num outro casamento e baptizados e, ainda outro casamento.
Lembro-me bem porque recebi um telefonema do Rui já os olhos me estavam a cansar por tanta fotografia a editar, no sossego do meu escritório, onde vou descobrindo os mistérios que elas encerram, as fotografias, os espantos na surpresa pelo que não me tinha apercebido no dia da toma ou, também, a irritação de não ter tido a clarividência, no momento, de acertar melhor o ângulo do ponto de vista que a teria transformado para uma atenção mais cuidada, no momento de ser vista, que é para isso que deve servir uma fotografia.
Mudar o rumo
Depois da surpresa do imediato do eh pá estamos aqui na praia das Avencas, não queres dar dá um saltinho e fazermos aquela sessão há tanto tempo programada e sem possibilidade de execução, até agora.
Devo confessar que lido muito mal com imediatismos. Estar na minha concentração do momento a executar uma tarefa ou mesmo, algo que me não dá o mínimo de culpa, no meu tão gostoso simplesmente estar e, de repente, ter que mudar de rumo para resolver um assunto ou ser desafiado para algo que só agora surgiu, fico numa espécie de confusão mental, com uma sensação que tenho que sair de um estado para outro e preciso de alguns momentos para me aperceber daquilo que me é requerido de imediato.
Da surpresa, para a praia
Humm!!… estava tão dentro de umas fotografias a precisar da minha atenção para as tornar ainda mais minhas que, assim que recebi o telefonema do Rui, me apareci como quando dormimos e, já a minutos da hora de acordar, um sonho se implanta e que não queremos perder o fim mas o despertador nos manda levantar, para as coisas importantes do dia, e aquela espécie de tontura se mistura com a luz da luz acesa porque são horas de ir à vida.
Mas, como assim que nos levantamos a água fria se encarrega de limpar o peso do sono ainda agarrado aos olhos, já eu estava a agarrar nas máquinas fotográficas, a escolher quais as lentes para a praia que conheço tão bem e, quando dei por mim, já estava de volta, depois se um sol tardio já ter entrado na fase do bocejo, antes de adormecer aconchegado pelas águas do Atlantico como já o fizeram tantos marinheiros portugueses nestes últimos séculos.
Quanto às fotografias, deixo algumas para verem que foi verdade.



