FANTASIAS pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO
Com fotos de uma sessão de namoro na Peninha em Sintra
No pico da Serra de Sintra
Lembro-me tão bem destas fotografias com a Isabel e o Renato. Como qualquer fotógrafo de casamento normal, quando tem a possibilidade de estrear algum equipamento novo, é dia de festa.
A sessão de namoro agendada no pico da Serra de Sintra não podia ser melhor lugar para testar a minha nova lente e, posso dizê-lo, o tempo e o vento souberam da minha excitação e portaram-se bem dado que naquele lugar, ambiente para das melhores fotografias que se possam imaginar.
O sol e os nevoeiros que gostam de cavalgar ventos desejosos de chegar rápido a outros lugares, gostam de se divertir à custa dos fotógrafos que ali não param de dar largas à sua imaginação e, quem sabe, estrear muitas das suas lentes e máquinas fotográficas.
A recolha de luz para transformar em fotografias
A Peninha é aquele lugar que inspira histórias de outros tempos, passados ou futuros, e nos leva a um uso da nossa imaginação de uma maneira especial que raramente encontramos noutros locais, também dados ao uso da recolha de luz para a transformar em fotografias.
Devo dizer, pelo menos nas experiências que ali tenho vivido, que nem sempre sou muito bem tratado pelos deuses que ali vivem e controlam os humores dos nevoeiros e do vento que se entretêm a divertir-se à custa de quem ali vai com tão boas intenções.
Devo afirmar que os fotógrafos de casamento são das pessoas melhor intencionadas que conheço e fico sempre muito, mas muito desiludido quando ali vou e não posso sujeitar os queridos noivos àquele divertimento ventoso e húmido. O que me irrita ainda mais é que está sempre bom para fotografar, nisso eles, os tais deuses, têm bom gosto mas não serve para aproveitar com casais nem sempre interessados a ficar ao frio ao vento.
Quando os deuses decidem a favor do fotógrafo
Claro que estou a exagerar, apesar de já ter voltado para trás algumas vezes e sentir, nas minhas costas, o tal vento a gozar-me à grande com o nevoeiro veloz a rir desalmadamente a ver-me guardar as minhas máquinas fotográficas e voltar para procurar outro local onde possa envolver as outras luzes e sombras que lá encontre e leve como fotografias, para depois entregar ao casal que foi comigo em aventura nesse dia.
Mas quando o fotógrafo de casamento encontra aqueles dias em que esses deuses decidem a seu favor, aproveita tudo o que pode e sabe que as suas lentes sabem fazer o melhor do seu trabalho e, no fim, lhe oferecem, e ao casal, uma memória que recordarão sempre que se lembrem de voltar a ver fotografias que dali saíram, como fiz hoje.
Por isso, a Peninha será sempre para um voltar seja qual for o estado de alma dos seus eternos habitantes, de quem já falámos.