O FRENESIM pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTOS
Deveria estar a viver tempos de frenesim como me é habitual nesta altura do ano. A minha profissão de fotógrafo de casamentos é muito sazonal e, agora, seria normal começar, a sério, um novo ciclo que se prolongaria pelos próximos meses. Depois de alguma acalmia o recomeço é sempre período de grande frenesim, expectativa e, sempre, aquela sensação de estar a começar de novo.
Infelizmente, este ano, todos tivemos uma surpresa daquelas que a nenhum de nós fez sorrir, como gostamos que as surpresas façam. Um bicho muito pequenino resolveu atarantar as nossas vidas, impedir-nos de fazer o que fazemos, noivos casar e os fotógrafos de casamentos fotografá-los. Mas isso não fez, de forma alguma, que o frenesim deste fotógrafo se desvanecesse e, como é normal, voltou com a mesma intensidade e desejo de dar aquela alegria de dar de fazer às suas câmaras e lentes já tediosas por dias curtos e falta de uso de baterias.
Assim, no que deveria ser um dia de casamento de alguém, seriam as câmaras e as lentes a gritar tão alto, ao seu fotógrafo de casamento, que estavam fartas de nada fazer e o obrigaram a procurar em casa o mais parecido com uma noiva, um noivo e cenário apropriado a fotografias dignas, como sempre são as daquela sessão, com os noivos nos fins de tarde, que tanto gosto de aproveitar.
Com elas, agradeço a todos os noivos e noivas que até aqui em mim acreditaram e todos os outros que virão. Não será um vírus desgraçado que me impedirá de ser, com toda a alegria, fotógrafo de casamento junto das minhas câmaras e lentes. Mesmo que a fingir, apresento-vos noiva.