ESPAÇOS MONUMENTAIS pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM FÁTIMA

As fotografias são de um casamento com cerimónia ma Basílica de Fátima
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Sempre as pessoas, para as fotografias
Qualquer fotógrafo de casamento sabe o quanto o podem influenciar os espaços por onde vai passando ao longo de um dia de cobertura. No entanto, pelo menos para mim, é difícil de fugir ao peso em termos de impregnação e de importância que uma Igreja pode ter para influenciar o estado de espírito no momento da toma das imagens.
Muitas vezes, quando estou na fase de edição do trabalho fotográfico, reparo como essa importância existe tanto do ponto de vista estético pela plasticidade de materiais, pela forma como a luz se desenrola pelos detalhes das paredes e pelas pessoas, sempre as pessoas, que fazem parte intrínseca do seu estado de templo e tudo se incorpora de uma maneira muito especial informado em fotografia como pelo modo como quem lá está me aparece como candidato à atenção da minha máquina fotográfica..
Inundados pelo vibrar telúrico do espaço
Falo disso porque a Telma e o Jorge fizeram a celebração do seu casamento na Basílica de Fátima. Apesar das restrições para a acção do fotógrafo de casamento não pude deixar de me influenciar pelo que a arquitectura do espaço imprime no acto de escolher a cenário certo para levar de memória. Desde o tom da pedra ao movimento circular da abóbada e aquela noção de espaço que é necessário mostrar a quem lá não esteve foi necessária uma mistura de observação e consolidação de jogo de lentes para uma descrição que se pretendia verdadeira mas, ao mesmo tempo, como eu a estava a sentir.
Gosto muito de espaços monumentais interiores que reflictam mais do que mero desenho arquitectónico. Se não existir qualquer alma que lhe pertença e que consigamos fazê-la sentir, através das nossas fotografias, então esse lugar não passará de quatro paredes e um tecto sem grande sentido.
Não é o que se passa nos templos. Mesmo que não sintamos nenhuma ligação pelo ritual lá celebrado é difícil, e muito menos com sensibilidade de fotógrafo, não nos sentirmos inundados pelo vibrar telúrico do espaço tão amigo do estado de espírito de qualquer fotógrafo sendo o de casamento, pelo repetido retorno a esses lugares, um privilegiado.
Texto e Fotos: Fernando Colaço

















































