UMA MEDITAÇÃO SOBRE O TRABALHO DO FOTÓGRAFO DE CASAMENTO
Vivemos num mundo onde a fotografia se tornou de tal modo presente que se pode perder o sentido do seu mais nobre uso. O de criar imagens que possam ir além da banalidade. Parece-me que isso é cada vez mais difícil porque uma boa fotografia corre o risco de se perder no enxame incomensurável de que fará parte, ainda por cima, da universalização pela internet onde poderá, ou não, aparecer.
Sempre que vou fotografar um casamento tenho sempre a grande preocupação de ser o mais possível fiel a mim. Não por vaidade, arrogância ou achar que serei melhor que os outros que, também, o fazem mas porque o resultado final de uma fotografia deverá ter sempre a minha marca.
É meu dever para comigo e, em consequência, para com os clientes que me escolheram, que essa marca identificativa do meu trabalho possa ser verificada por quem possa ver alguma dessas fotografias sendo, já, conhecedor do que vou fazendo.
Essa parte é difícil porque são tempos de grandes quantidades de produção de fotos e conseguir ter uma marca pessoal só poder ser resultado de uma micro personalização que, a meu ver, devo proteger sempre de mente aberta mas ciosa do meu legado enquanto fotógrafo de casamentos.