IMAGINAR ANTES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM LISBOA
Nem sempre me agrada o óbvio quando começo a fotografar, por exemplo, em casa do noivo. Assim, quando, como fotógrafo de casamentos, chego ao local os meus olhos parecem personagens daqueles desenhos animados americanos onde todos os personagens se deslocam à velocidade da luz. Ficam doidos e inundam o meu cérebro com possibilidades de tomada de vista imaginários, dali dá para isto, ali por detrás dá para fazer aquilo e se me esconder ali, de cócoras, pode dar uma fotografia muito interessante.
Mas o que os meus olhos e o meu cérebro ainda não aprenderam, ou não querem porque imaginar dá muito gozo, é que quando a coisa começa tudo o que estiveram a desenhar não vai funcionar porque os personagens não vão, nunca, fazer os que eles estavam à espera. E ainda bem. Se não, por muita imaginação que tivessem, poderiam acabar por se repetirem que é coisa que fotógrafos de casamento não gostam nada.
Então começa uma espécie de jogo onde o fotógrafo de casamento está sempre com a mania que adivinha o que vai a seguir e, volta e meia, leva surpresa que, afinal, foi o que lhe deu aquela dádiva transformada em fotografia. Assim, pela experiência, para quem um dia queira fotografar um casamento, nunca liguem ao que os olhos querem antecipar no cérebro porque adivinhos são coisas das histórias de fantasia. Mas, os meus, ainda não perderam a esperança de acertar como as pessoas que jogam na lotaria. Ela sai, lá isso, sai…