TEM QUE SER RÁPIDO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM LISBOA
Fotógrafos de casamento que fazem um artigo no seu blog, onde publicitam o seu trabalho, e não escrevem que são magníficos a fazê-lo, que não há ninguém no mundo melhor do que eles, que se os não contratarem vão arrepender-se para o resto das vidas ou não têm muito juízo se o não fizerem ou têm um problema grave de ego, e talvez muita ilusão, se o fizerem.
Não gosto de qualificar o meu trabalho. Sempre achei que não me cabe, mas sim aos olhos de quem o vê. Por muitas palavras que eu possa usar para me qualificar, mesmo que para isso tivesse o dom de o saber fazer, estaria sempre a criar uma ilusão que, talvez, não corroborasse em olhos atentos que procuram…um fotógrafo de casamento. É que, quando estamos no que fazemos, corremos, com muita facilidade, algum risco para a ilusão. Sempre fugi disso a sete pés.
Vem isto a propósito destas fotografias. Não têm caras, não têm pessoas com caras, não têm lugares com pessoas com caras, não têm caras satisfeitas, circunspectas, a festejar, emocionadas, esperançosas ou, quem sabe, ciumentas. Este fotógrafo de casamentos que lá vai por causa das caras, reconhece, não se sente muito à vontade quando elas lá não estão, quando precisa de apontar as suas lentes ligadas às suas câmaras.
É claro que vai procurar esses assuntos, porque precisam de ficar, também, como memória, e procura os melhores pontos de vista, faz tudo para que fiquem o melhor que lhe seja possível mas, assim que acaba a obrigação, volta rapidamente à procura das caras sorridentes, emociona…. Não há nada a fazer.