UM MISTÉRIO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM SINTRA

Fotografias de uma tarde com o noivo e a noiva pelas estradas em volta de S. Pedro de Sintra, na sessão de pré-casamento

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O desafio

Desde o princípio da Fotografia que o Retrato foi um dos principais centros de atenção. Desde artistas plásticos que começaram a usar a fotografia como base de trabalho para o seu resultado final em tela, até aos já fotógrafos que criaram um nicho à parte na mundo da criação. O retrato ganhou estatuto próprio na grande diversidade de congelamento em imagem que a fotografia proporcionou desde a sua criação.

Partir com duas pessoas que mal conhecemos para uma sessão fotográfica é, por si só, um desafio. Como é que vou enquadra-las num pequeno rectângulo, como é que vou conseguir transformar em material plástico duas pessoas de modo a misturá-las com o meio ambiente que escolhemos para a nossa sessão e chegar a um resultado final ao qual chamamos fotografia?

Pelos caminhos da Serra, para fotografias

Esse é um pequeno mistério que ainda hoje me persegue. É claro as máquinas fotográficas têm lentes e através delas a realidade deforma-se, ganha elasticidade, desfoca, comprime, perspectiva e, com isso, transformamos aquilo que nos é, às vezes, tão monotonamente familiar em resultados finais que só, a custo, reconhecemos a sua origem. É esta transformação que me fascina.

Quando parti com a Leila e o Bruno foi para mais uma dessas aventuras de transformar o meio, mais uma vez Sintra, como matéria moldável que se desestrutura para revestir o meu assunto principal, o casal, e, com isso, recriar a Vila de Sintra e os caminhos da Serra em algo mais do universo do onírico do que na nossa realidade imediata.

Foi quando me tornei fotógrafo de casamento que melhor me foram dadas as condições para explorar este universo. Obrigado aos meus noivos.

Texto e Fotos: Fernando Colaço