IMAGINAR ANTES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM LISBOA

Algumas fotografias do noivo a vestir-se para o casamento, que terá lugar, com cerimónia e festa, na Quinta do Castro, no Cadaval
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Com imaginação, para prever fotografias no casamento

Nem sempre me agrada o óbvio quando começo a fotografar, por exemplo, em casa do noivo. Assim, quando, como fotógrafo de casamentos, chego ao local os meus olhos parecem personagens daqueles desenhos animados americanos onde todos os personagens se deslocam à velocidade da luz. Ficam doidos e inundam o meu cérebro com possibilidades de tomada de vista imaginários, dali dá para isto, ali por detrás dá para fazer aquilo e se me esconder ali, de cócoras, pode dar uma fotografia muito interessante.
Mas o que os meus olhos e o meu cérebro ainda não aprenderam, ou não querem porque imaginar dá muito gozo, é que quando a coisa começa tudo o que estiveram a desenhar não vai funcionar porque os personagens não vão, nunca, fazer os que eles estavam à espera. E ainda bem. Se não, por muita imaginação que tivessem, poderiam acabar por se repetirem que é coisa que fotógrafos de casamento não gostam nada.
Uma espécie de jogo para o fotógrafo de casamento

Então começa uma espécie de jogo onde o fotógrafo de casamento está sempre com a mania que adivinha o que vai a seguir e, volta e meia, leva surpresa que, afinal, foi o que lhe deu aquela dádiva transformada em fotografia. Assim, pela experiência, para quem um dia queira fotografar um casamento, nunca liguem ao que os olhos querem antecipar no cérebro porque adivinhos são coisas das histórias de fantasia. Mas, os meus, ainda não perderam a esperança de acertar como as pessoas que jogam na lotaria. Ela sai, lá isso, sai…
Ponto por ponto:
- Em todos os casamentos, assim que chego para cobertura da preparação do noivo, ou da noiva:
- Os meus olhos começam, imediatamente, à procura de tudo o que possa ajudar
- Para compor fotografias
- Para servir de complemento
- Imaginar pontos de vista
- Como antecipar fotografias
- No entanto, o fotógrafo de casamento sabe assim que começar a tirar as fotografias:
- Nada do que imaginou vai acontecer
- Tudo se vai harmonizar de outra maneira
- Mas é isso que o fotógrafo quer que aconteça para:
- Que os acontecimento sejam genuínos
- Não sejam fruto da sua vontade
- Acabe numa estória verdadeira, daquele casamento
- Não vale a pena antecipar as fotografias no casamento, seja em que parte nos estejamos a preparar para fotografar. Os acontecimentos superam sempre a imaginação, como deve ser.

Precisa de saber:
- Na verdade é um exercício que já deveria, há muito tempo, ter desistido de fazer. Sei que tudo o que eu imaginar não irá acontecer. Os noivos seguem a sua própria direcção, interagem de maneira única e nenhuma das fotografias, que ali tirar, terão alguma coisa a ver com o que possa ter imaginado.
- No entanto não é totalmente inútil. Em primeiro lugar porque descubro elementos no local que me poderão ajudar na composição das fotografias. Em segundo, a partir do imaginado é mais fácil adequar a realidade e facilitar a toma das fotos que vão abundar. Não será um exercício completamente nulo.
- Talvez seja por isso que não o consigo evitar e transforme em fotografias de casamento imaginárias a minha primeira visualização do espaço onde os noivos se vão preparar para o dia do casamento. É como se fizesse um esboço mental que me servirá para ir transformando, assim que as fotografias começam a acontecer.

Será este o método que irei usar quando vos encontrar na preparação para o dia do vosso casamento. Haverá outros, mas dou-me bem com este. Venham conversar comigo numa reunião sobre o meu método e outras coisas importantes, ver as fotografias e os álbuns de casamento que tenho.
- Pode ver uma estória de casamento completa:
- Na Quinta do Castro no Cadaval
