Ramo de gipsofila sobre o tampo de mármore de um móvel, para a noiva levar para o casamento, pelo fotógrafo de casamento na Guarda.

Quando o fotógrafo de casamento em Lisboa descobriu as fotografias nos casamentos

DECISÕES pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Ramo de gipsofila sobre o tampo de mármore de um móvel, para a noiva levar para o casamento, pelo fotógrafo de casamento na Guarda.

Depois de ter passado muitos anos, bastantes antes de ser fotógrafo de casamento, a fotografar objectos de consumo que tinham que ficar muito arrumadinhos, a condizer bem uns com os outros em cenário feito a compasso e obedecendo a um desenho que o cliente me dava, tem que ficar assim estás a ver, vê lá se consegues este azul do fundo, tem cuidado não se misture a cor do objecto com a do fundo do cenário, usa bem a lente para que não altere as proporções da garrafa, etc, etc, etc.

Não é que não gostasse de fazer essas fotografias, antes pelo contrário. Já aqui tenho escrito entre a diferença de fazer fotografias e tirar fotografias. Aquelas, de facto eram feitas completamente à medida mesmo que seres animados, vulgo, pessoas, fizessem parte do conjunto.

Mas, ao fim de muitos anos a fazer paciências debaixo de luzes chamadas a desenhar a luz que se pedia para os tais conjuntos, tenho que ser sincero e já não retirava aquele prazer que temos quando as coisas nos fascinam.

Mas ficou a técnica. Quis a vida que ela tivesse que mudar e o fotógrafo de coisas inanimadas com às vezes pessoas passou a ser, ou a estar, como gosto mais, fotógrafo de casamento. Ainda hoje me espanto com a alegria e o alívio quando isso aconteceu. Alegria porque tinha descoberto uma forma de continuar a estar na fotografia que tanto gostava e, ao mesmo tempo, ter uma liberdade de abordar o assunto, aquilo que é o objecto da fotografia, o que se fotografa, que não existia até ali e poder, também, encontrar alguns dos inanimados que também existem nos casamentos.

Havia, no entanto, que decidir como os abordaria, para os transformar, também, em fotografias de casamento, porque não tinha o tempo que tinha antes, no estúdio.

Não demorou, até porque não tinha outro remédio. Não podia levar uma manhã a preparar todo o cenário para uma fotografia que levava um quinhentos avos de segundo a aninhar-se, ao tempo, numa película que, depois, tinha que nadar às escuras em líquidos mais ou menos mágicos que transformavam os tais inanimados numa fotografia a pronta a ser usada.

Aqui, num casamento, tinha que ser feita, muitas das vezes, em intervalos que encontrava entre todos os outros afazeres que de um casamento fazem parte, ou, então, chegar mais cedo ou ter a sorte de o que se tem que fazer começasse mais tarde.

Então, se estou a fotografar um casamento tal qual um repórter que não pode intervir no processo do assunto a ser fotografado, para que não perca a inocência da verdade que contem, porque não fazer o mesmo para o vestida da noiva, o bouquet, as flores para a lapela do casaco do noivo, o cesto das flores que, mais tarde, abençoarão, esvoaçantes, o casal, no fim da cerimónia. Assim foi decidido e assim tem sido feito pelo fotógrafo de casamento.

O vestido da noiva pendura em frente de uma janela cm cortinas azuis e junto de um candeeiro antigo, numa composição do fotógrafo de casamento na Guarda.

Alfinete de brilhantes, para segurar a gravata do noivo, sobre uma rosa cor de laranja, composto pelo fotógrafo de casamento na Guarda.

Cesto com cones de tecido azul cheios de pétalas de flores para lançar sobre os noivos no fim da cerimónia, vistos pelo fotógrafo de casamento na Guarda.

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