O JARDIM DO ESTORIL e o FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM CASCAIS

Confesso que gosto de fotografar neste jardim. Não porque seja onde é ou porque isso tenha alguma importância. Penso que para qualquer fotógrafo o local apenas tem importância pelo que lhe pode dar de elementos pictóricos, tanto para elemento primeiro do seu interesse fotográfico como para cenário e moldura enquanto interesse secundário. Assim o é para mim o jardim do Casino no Estoril.
Estas árvores já entradas no tempo conseguiram a textura e as formas que nas minhas fotografias servem de boa cama às imagens que vou fazendo com os meus noivos em vésperas de casamento. Não me canso de voltar e, como noutro artigo escrevi, continuam a ser minhas atentas e pacientes companheiras destas sessões. Pena que não saiba como lhes mostrar o resultado destes passeios tardios no dia, para que não me pensem aquele meio doido que de vez em vez por ali anda.
Assim, mais uma vez, e desta com a Eloísa e o Mário por ali andámos a brincar às escondidas para melhor emoldurar a sua mistura com estas queridas testemunhas de casca e folhas. O tempo, já Setembreiro tardio, não foi dos melhores amigos já que o fresco ainda não tomado em hábito não ajudou a melhor usufruto desse entardecer que de luz se encontrava a preceito, enfim, como eu o entendo.
Já na praia e o abrigado do Tamariz nos deu melhor conforto e foi aproveitar até que a luz se foi, e acabar com o experimentamos mais uma, e nos mandou de vez para casa. Isto do fotografar, ou melhor, nesta relação do fotografador com os fotografados parece ser como os comboios que passam ali ao lado, depois de pararem na estação. Primeiro que as rodas façam a primeira volta é um esforço danado, mas uma vez em movimento, o parar parece precisar de bons travões ou de natureza mandona. Pelo menos com este fotógrafo de casamento é assim.
Texto e Fotos: Fernando Colaço



















