Do Espaço à Emoção: A Jornada de um Fotógrafo de Casamento

Visto de cima, uma panorâmica geral da Igreja de S. Francisco de Assis no Restelo em Lisboa, pelo fotógrafo de casamento em Lisboa.

TAMBÉM LÁ ESTAVA pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Visto de cima, uma panorâmica geral da Igreja de S. Francisco de Assis no Restelo em Lisboa, pelo fotógrafo de casamento em Lisboa.

Fotografias de partes da cerimónia de casamento na Igreja de S. Francisco de Assis em Belém, Lisboa


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Um fotógrafo de casamento completo: reencontros fotográficos no dia do “sim”

Os noivos sentados na cerimónia junto da estátua de S. Francisco de Assis, na Igreja do mesmo nome, no Restelo.

Como fotógrafo de casamento, é impossível não começar por reconhecer que foi neste universo que reencontrei o verdadeiro prazer pela fotografia. Antes de me dedicar em exclusivo à fotografia de casamento, havia outros temas que preenchiam os meus dias e as minhas lentes: fotografia de produto, de espaços, de arquitectura. Cada tipo tinha a sua exigência técnica e artística, e as lentes que usava pareciam contentes com o que faziam. No entanto, havia sempre algo que faltava, um vazio indefinido que impedia o fotógrafo de se sentir verdadeiramente completo.

A ausência das pessoas

Visa geral da igreja de S. Francisco de Assis com os noivos e todos os convidados do casamento.

As lentes apreciavam mostrar objectos dentro de coisas, espaços bem iluminados, ou detalhes escondidos que mereciam atenção. Mas faltava-lhes, ou melhor, faltava-me, o elemento humano. Esse que traz vida, emoção, e narrativa visual. Foi apenas quando comecei a fotografar casamentos que percebi o que era: faltavam-me as pessoas. Os noivos, os convidados do casamento, os olhares cúmplices, os sorrisos inesperados, os gestos pequenos e cheios de significado. Era isso que completava a história e, por consequência, o fotógrafo.

O prazer pela fotografia de arquitectura

Com três padres pela frente e todos os convidados por detrás deles, os noivos no momento em que acaba a cerimónia do casamento na Igreja de s: Francisco de Assis no Restelo.

Antes disso, a fotografia de arquitectura tinha um lugar especial. Entrar num espaço interior e procurar o melhor ponto de vista, escolher a lente certa, captar a luz e a sombra de forma equilibrada — tudo isso fazia parte de uma coreografia quase silenciosa, mas muito gratificante. Adorava seguir as linhas de fuga, explorar o desenho arquitectónico, realçar a simetria ou o contraste, e revelar o ambiente tal como ele me era inspirado. Cheguei a transportar flashes de 3500w para iluminar com rigor determinadas zonas, ou simplesmente suavizar sombras demasiado densas.

Ainda hoje, sempre que posso, continuo a fotografar espaços com esse mesmo entusiasmo. Porque a arquitectura, tal como as pessoas, também conta histórias.

Reencontrar tudo nos casamentos

Foi um verdadeiro alívio perceber que, como fotógrafo de casamento, não precisava de abandonar nenhuma das formas de fotografia que tanto me satisfaziam antes. Num só dia — o dia de casamento — encontro tudo aquilo que procurava noutras áreas: a estética cuidada dos espaços, os detalhes pensados ao milímetro, os ambientes com alma.

Os espaços da cerimónia do casamento, as quintas onde decorrem os jantares e festas, as igrejas ou ermidas escolhidas pelos noivos, oferecem desafios fotográficos muito próximos da fotografia de arquitectura. Posso explorar ângulos, brincar com luzes naturais e artificiais, valorizar texturas e formas.

Além disso, os detalhes fazem parte integrante da história: os bouquets, os adereços dos noivos, a decoração das mesas, os elementos simbólicos. Tudo isso é palco para aplicar o mesmo olhar atento e técnico, mas agora com um propósito emocional ainda maior.

Primeira experiência, descoberta definitiva

Recordo-me perfeitamente do primeiro casamento que fotografei, ainda sem compromisso profissional. Nesse dia, percebi que ali estava tudo aquilo que me fazia falta. Os espaços, sim, mas também as pessoas, as emoções, a imprevisibilidade, os detalhes únicos e irrepetíveis de cada casamento. Foi nesse momento que percebi: sou, finalmente, um fotógrafo completo. Tornei-me fotógrafo de casamento desde então, e nunca mais quis outra coisa.

Pontos essenciais desta jornada:

  • Antes de fotografar casamentos, dedicava-me a outras áreas como produto e arquitectura, mas sentia falta de algo que não sabia definir.
  • A fotografia de arquitectura ensinou-me a observar com atenção e a valorizar o espaço, a luz, a forma e a função.
  • Quando comecei a fotografar casamentos, percebi que podia unir tudo isso — os espaços e as pessoas — numa só narrativa fotográfica.

O que trago para o seu dia de casamento:

  • A experiência de captar a beleza arquitectónica dos espaços do seu casamento: a igreja, a sala da festa, o exterior da quinta.
  • A atenção aos detalhes decorativos: bouquet da noiva, mesa dos convidados, objectos simbólicos da cerimónia do casamento.
  • O olhar sensível e treinado para captar cada momento e emoção com autenticidade e estética.

Conclusão:

A fotografia de casamento é, para mim, um reencontro com tudo o que amo na fotografia. Espaços bem desenhados, momentos autênticos, detalhes ricos e pessoas reais. Cada casamento é único e cada história merece ser contada com a mesma paixão que me trouxe até aqui. Ser fotógrafo de casamento é mais do que uma profissão — é a concretização de um percurso fotográfico que finalmente encontrou o seu lugar.


Entre em contacto

Se procura alguém que saiba olhar para o seu casamento com a sensibilidade de quem conhece o valor dos espaços e a importância dos afectos, terei todo o gosto em falar consigo. Cada cerimónia do casamento é única, e a minha missão é captá-la com o respeito, a técnica e o entusiasmo que merece.


  • Veja uma estória de casamento completa:

Por Fernando Colaço

Sou o Fernando Colaço e sou fotógrafo de casamentos. Fotografo sem intrusão de modo a contar a história do dia conforme acontece. Podemos chamar de fotojornalismo. Mas, o melhor é deixar as fotografias falar. Estou vosso dispor.

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