DE VOLTA PELO RIO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

Fotografias da noiva com os seus amigos um barco no Tejo, no regresso da festa do casamento junto ao Tejo em Cacilhas, Almada
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O fotógrafo do casamento, o barco e a água

Não devem existir muitos fotógrafos de casamento com uma aventura assim. Se no último artigo escrevi sobre a ida para o casamento da Helena e do João, este é sobre o depois do fim de tudo, no caminho de volta.
Devo dizer que foi uma grande aventura, para mim, porque os meus pés ao pisar barco balouçante ficam um pouco nervosos e só descansam quando sentem uma coisa dura e fixa debaixo deles. Se não fosse por desafio pelo dever, teria preferido viajar por terra. Mas, ainda bem que foi o fotógrafo de casamento quem teve que tomar a decisão, se fosse eu….
Completar a história do dia

Depois da passagem do barco a remos, em tarde de chuva miúda, aliás, como todo o dia, e ondas já de meter medo a quem, no mínimo, se sente fora de pé, quando ele não assenta em superfície dura, o fotógrafo de casamento sentiu-se com uma coragem que não sabia onde estava escondida e lá foi cumprindo o seu dever para completar a história do seu dia, nunca pensando que se iria gabar disso, tanto tempo depois.
É que o fotógrafo de casamento sendo um pouco medroso nas coisas de barcos na água, fora dela não o incomodam, é, também, um pouco vaidoso e não podia deixar de aproveitar a sua aventura para se vangloriar.
Contar o seu dia de casamento

Agora o que interessa não é o fotógrafo de casamento. Esse tem que ser o mais invisível possível e, de maneira nenhuma ser algum protagonista durante o conto que se está a fotografar, para contar depois. Chegaria a casa muito pouco contente comigo se, por causa de algum enjoo, e mais alguma coisa, não tivesse completado a página final do conto.
Sei, de certeza, que a Helena e o João ficaram muito contentes pela minha coragem, que eles não souberam que foi, e, assim, irão poder fazer durar mais um pouco o conto, quando estiverem a contar o seu dia de casamento, com as fotografias que lá fiz. Isso, eu sei.

Ponto por ponto:
- Depois de uma ida para o local da cerimónia e festa do casamento debaixo de chuva, já contado noutro artigo, a volta foi um pouco mais desconfortável, e aventurosa, para o fotógrafo de casamento que não gosta muito do balouçar dos barcos.
- Passar de um barquinho muito pequenino sobre ondas muito grandes, no exagero de um fotógrafo que escreve, para um muito grande foi um acto de coragem impressionante. Pois…
- Mas, isso, não interessa nada. Agora as fotografias tiradas no balouçar sobre as ondas do Tejo, isso sim. Foram feitas, acrescentaram estória e isso é que interessa. Se queria repetir? Não!…
Precisa de saber:
- Depois do dia do casamento no Ponto Final, mesmo junto ao Tejo, a noiva e os convidados voltaram para Lisboa de barco.
- Só há um sítio onde penso duas vezes antes de dizer sim para tirar fotografias: em cima de um barco, grande ou pequeno. Se for preciso para o seu casamento, claro que vou, mas… Podemos conversar sobre isso a as outras coisa numa reunião. Contacte-me.



