Sessão de Namoro em Lisboa, pela manhã

O casal de noivos sentados num banco na Praça do Rossio em Lisboa.

DEPOIS DO NEVOEIRO pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO EM LISBOA

O casal de noivos sentados num banco na Praça do Rossio em Lisboa.

As fotografias são de uma manhã passada por Lisboa numa sessão de pré-casamento


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A Baixa de Lisboa, os Noivos e o Fotógrafo de Casamento numa Sessão de Namoro

Com Lisboa até ao Castelo em fundo, do Rossio, o casal, na sessão de pré-casamento olha para o Convento do Carmo.

A Baixa lisboeta tem o dom de surpreender, mesmo para quem, como fotógrafo de casamento, já a percorreu inúmeras vezes com e sem máquina fotográfica. Cada esquina, cada rua, cada praça, mesmo repetida no itinerário, surge sempre com um novo traço de luz, uma nova textura, um novo ambiente. Esta sessão de namoro com a Patrícia e o Ricardo provou mais uma vez que Lisboa é uma cidade feita para ser fotografada — especialmente nos dias que antecedem o dia de casamento.

O Início do Passeio: Rossio, Luz e Nevoeiro

Numa esplanada na Rua Augusta em Lisboa, os noivos em conversa.

A manhã chegou cedo, como combinado. Ao chegar ao Rossio, fui recebido por um nevoeiro suave, um daqueles que poupam produções cinematográficas de grandes orçamentos. Para um fotógrafo de casamento, normalmente amante da luz límpida e directa, poderia ter sido um contratempo. No entanto, o nevoeiro tornou-se um desafio artístico — e, nesse desafio, descobri o pano de fundo perfeito para uma Lisboa feita de brumas e silhuetas suaves.

  • Ambiente cinematográfico: O nevoeiro criava uma atmosfera onírica, ideal para destacar a intimidade entre os noivos.
  • Texturas únicas: As fachadas da Baixa, sob esta luz difusa, revelavam-se com uma suavidade que raramente se vê em dias de céu limpo.

Pelas Ruas de Pombal, Pensadas para a Fotografia

Passeando de mão dada pela Ria Augusta em Lisboa, os noivos sobem para o Rossio.

Caminhámos os três — a noiva, o noivo e o fotógrafo de casamento — pelas ruas desenhadas por Pombal. A Avenida da Liberdade ainda dormia e a Rua Augusta acordava lentamente com o abrir das esplanadas. A ausência de multidões deu-nos o cenário perfeito. As paredes contavam histórias, e a luz do nevoeiro parecia pensada por um cenógrafo experiente, pronta para ser captada.

Entre a Sé e o Castelo: Promessas Eternas

Os noivos na Ruas do eléctricos em Lisboa, na sessão de namoro.

Continuando o passeio, a Sé de Lisboa e o Castelo de São Jorge ofereceram os seus cenários icónicos. Locais onde a história e o romantismo se cruzam naturalmente, ideais para fotografias de casamento cheias de significado.

  • Elementos históricos: A envolvência das pedras antigas e das ameias cria um contraste belíssimo com a leveza do amor jovem.
  • Promessas atemporais: A aura medieval inspira juras dignas de cavaleiros e donzelas — promessas que ecoam até ao dia da cerimónia do casamento.

A Sessão de Namoro Como Ensaio Emocional

Os noivos em frente de uma loja antiga, na baixa de  Lisboa

Estas sessões, muitas vezes tidas como um simples ensaio fotográfico, são na verdade um momento precioso para os noivos. Funciona como um aquecimento emocional, uma oportunidade para estarem juntos longe da azáfama do dia do casamento. Para o fotógrafo, é também um momento para criar empatia, observar a linguagem do casal e adaptar a abordagem para captar a sua verdadeira essência.

O Valor Intangível da Fotografia de Casamento

Os noivos olhando para longe, com um eléctrico da Carris por detrás, na sessão de pré-casamento.

A fotografia de casamento tem esta característica única: fala com quem a vê. É um registo que não serve apenas para recordar, mas para contar. Contar como foi, como se sentiu, o que se viveu. Cada imagem é um testemunho emocional.

Esperamos que a Patrícia e o Ricardo, quando olharem para estas imagens, consigam reviver não só o que se passou, mas também o que sentiram. Que contem histórias — as suas histórias — com a linguagem silenciosa das imagens.

O Que Faz da Baixa de Lisboa um Cenário Perfeito?

O noivo e a noiva, sentados nas escada de uma igreja ao fundo da Rua da Conceição em Lisboa.
  • Versatilidade de cenários: Da monumentalidade da Praça do Comércio ao romantismo das vielas mais estreitas.
  • Luz única: Seja com sol aberto ou sob nevoeiro, a luz de Lisboa tem um carácter dramático e delicado.
  • Acessibilidade e autenticidade: Fácil de percorrer a pé e sempre com um novo ângulo a explorar.
Com as portas da igreja por fundo, os noivos olham para a Rua da Conceição em Lisboa.

Conclusão: Amor, Cidade e Memória

Fotografar na Baixa de Lisboa é revisitar um palco clássico com novos protagonistas. Neste caso, a Patrícia, o Ricardo e o seu fotógrafo de casamento viveram uma manhã mágica onde tudo se alinhou: a cidade, o clima, os sentimentos. Porque, no fundo, o que fica para sempre são as memórias — e estas, com sorte, ficam registadas em imagens que continuarão a contar histórias muito para além do dia da cerimónia do casamento.


Está a pensar fazer uma sessão de namoro em Lisboa?



Texto e Fotos: Fernando Colaço

Retrato do noivo na baixa de Lisboa, na sessão de namoro.
A noiva, encostada numa balaustrada, com a Rua da Conceição por fundo em Lisboa.
Os noivos juntos de um eléctrico da Carris, na sessão de pré-casamento.
Olhando para postais e chapéus numa loja em Lisboa, os noivos abraçados.
Os noivos numa rua a caminho do Castelo em Lisboa.
O casal abraçado em passeio durante a sessão de pré casamento, numa rua antiga de Lisboa.
Retrato da noiva junto de uma parede antiga do Castelo em Lisboa.
Os noivos sentados num banco de pedra no Castelo em Lisboa, durante a sessão de namoro.
Noiva em frente de árvores muito antigas, no Castelo de Lisboa.
Retrato do noivo, a preto e branco, em frente das paredes antigas do Castelo de Lisboa.
O casal, na sessão de namoro, caminha dentro do Castelo de Lisboa.
Sentados junto do tronco de uma árvore antiga do Castelo de Lisboa, os noivos descansam na sessão de namoro.

Por Fernando Colaço

Sou o Fernando Colaço e sou fotógrafo de casamentos. Fotografo sem intrusão de modo a contar a história do dia conforme acontece. Podemos chamar de fotojornalismo. Mas, o melhor é deixar as fotografias falar. Estou vosso dispor.

2 comentários

  1. Ansiava pelas palavras sobre o passeio que eu e o Ricardo fizemos. Foi um início de viagem surpreendente e decerto vamos lembrá-lo, esperamos por muitos anos. O seu trabalho é mesmo intemporal e todos os nossos amigos adoram as estas fotografias.

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