A noiva dançando com o seu irmão, que tem uma rosa na boca, durante a festa de casamento na Quinta das Riscas, vistos pelo fotógrafo de casamento em Setúbal.

Na Quinta das Riscas, em Setúbal, e a memória nos casamentos

POIS, NEM SEMPRE pelo FOTÓGRAFO DE CASAMENTO

A noiva dançando com o seu irmão, que tem uma rosa na boca, durante a festa de casamento na Quinta das Riscas, vistos pelo fotógrafo de casamento em Setúbal.

Foto da noiva dançando com o irmão e outras, na festa do casamento na Quinta das Riscas, No Montijo


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Alguns enigmas nas fotografias

Vistos por entre convidados desfocado e de costas, os noivos entram na sala da festa do casamento na Quinta das Riscas batendo palmas.

Acontece-me muitas vezes, quando estou a editar e transformar as fotografias de modo a que, finalmente, lhes possa chamar minhas e saber que quem as veja por aí possa dizer olha, esta é do fotografo de casamento, ou ficar um pouco a pensar como é que raio eu apanhei esta.

Podem ficar a pensar que, sendo ele,Pra poder o fotógrafo que esteve lá no lugar, escolheu o sítio para apanhar esta e aquela, decidiu entre esta e outra que já não foi a tempo e a deixou desaparecer para sempre, agora vem dizer que não sabe como é que a fez. Bem, comecei por dizer que me acontece às vezes e é verdade.

Têm que perceber que as fotografias, num casamento, andam por ali a uma velocidade tal que o fotógrafo nem se pode dar ao luxo de ter tempo para pensar ora bem para aquela vou para ali escondo-me por detrás daquelas pessoas para fazer uma bonita moldura e quando menos ela espera já cá canta. Ele fazia isso, quando começou nestas andanças de preparações dos noivos logo de manhãzinha, cerimónias ao meio dia e festaria o resto do dia.

Mudança de método, pelo fotógrafo de casamento

Sentados à mesa para a refeição do casamento na Quinta das Riscas, os noivos olham um para o outro.

O problema é que elas fugiam-lhe a toda a hora e quando chegava o momento de carregar o botãozinho da sua máquina fotográfica, a fotografia já tinha ido para outro lugar e nunca mais ninguém a poderia ver. É claro que era uma frustração, o fotógrafo de casamento teve que mudar de método de modo a ser mais lesto e elas não se ficarem a rir dele.

Até parece que já havia algumas que se divertiam a escapar-lhe, mesmo que soubessem que ninguém iria saber que por ali tinham estado, algumas não se interessam por isso. Coisas de fotografias. Ora, o que vou fazer, que método vou precisar para não ficar com a história aos buracos? Até que, um dia, pensei num documentário sobre artes marciais que tinha visto há algum tempo.

Treinos para apanhar melhor as fotografias nos casamentos

O pai da noiva de braços a abertos festeja os noivos pouco antes do começo da refeição do casamento na Quinta das Riscas.

Parece, porque nunca experimentei, que eles treinam tanto, tantas vezes e de tal maneira que, quando precisam de usar o que aprenderam, nem precisam de pensar, cada parte do corpo sabe o que deve fazer sem que o dono delas, dessas partes, tenha tido tempo para pensar o que fazer. 

Ora, se é bom para eles, deverá ser bom para o fotógrafo de casamento. Assim comecei a fazer. Fora dos casamentos, nos meu treinos, que também faço, e lá dentro deles onde comecei a não dar tréguas à tais que ainda teimavam em fugir-me por ali.

Agora, as fotografias já não fogem do fotógrafo

Durante a festa do casamento na Quinta das Riscas, uma mãe beija com ternura o seu filho bebé nos cabelos no seu colo.

O que é certo é que começou a resultar, cada vez ficava mais rápido na reacção à observação delas e no apontar de lentes, sem falhas. Elas, as fotografias, começaram a ficar muito desapontadas por já não conseguirem fugir de mim, mas, com o tempo, assim que se aperceberam que isso queria dizer que já não ficavam perdidas no tempo para sempre e podiam reaparecer sempre que alguém quisesse vê-las, começaram a fazer disso uma festa para grande alegria minha.

Agora percebem porque razão eu, ás vezes, não me consigo lembrar o que fiz para apanhar aquela, como me consegui enfiar naquele inexistente buraco no chão para conseguir aquele ponto de vista ou como fiz um namoro para entrar dentro daquela parede e permitir ao fotógrafo de casamento aquele enquadramento impossível de outra forma. Pois, têm que se conformar.

Perguntar como foi que… podem, mas se ele não souber responder, já sabem porquê. Mas que as fez, fez.

Um convidado do casamento abraça o rosto da sua irmã durante a festa do casamento na Quinta das Riscas.

Ponto por ponto:

  • Para poder apanhar as fotografias que andam pelos casamentos é preciso algum método, muita manha e técnica. Nem sempre me foi fácil e tive que aprender como fazer.
  • No princípio de fotógrafo de casamento, muitas se me escapavam e acabava por não achar muita graça a isso. Sentia que o trabalho não ficava completo e isso precisa de mudar.
  • Tinha que pensar num método que me ajudasse a ser mais rápido na observação onde elas, as fotografias no casamento, se encontravam e de as captar.
  • Foi então que pensei nos treinos das artes marciais. Os executantes treinam tanto que, às tantas, já não precisam de pensar no que precisam de fazer. Se era bom para eles, seria bom para mim.
  • Foi o que comecei a fazer. Treinei tanto o olhar como a reacção que, com o tempo, resultou e elas, as fotografias, deixaram de conseguir escapar-me ficando, eu, um fotógrafo de casamento muito mais satisfeito.

Precisa de saber:

  • As fotografias são da festa do casamento na Quinta das Riscas, Montijo.
  • É de um fotógrafo assim que precisa para o vosso casamento. Com treino inspirado nas artes marciais. Acredite, funcionou e, se me contactar para combinarmos, aplicarei a técnica no vosso.
Um menino com um turbante colorido olha com espanto alguma coisa que se passa na festa do casamento na Quinta das Riscas.

Um casal de convidados do casamento rindo, sentados, fotografam algo à sua frente na festa de casamento que decorre na Quinta das Riscas.

A noiva de óculos escuros dança em frente de convidados na festa do seu casamento na Quinta das Riscas.

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